RIVOLI VIAJA ATÉ AO EXTRAORDINÁRIO COM PEIXE:AVIÃO

Entre risos e conversas, o público aguarda com entusiasmo a banda bracarense para um concerto, que esperam eles, ser memorável. Passam 10 minutos da hora e os Peixe: Avião sobem finalmente ao palco, acompanhados de aplausos e sorrisos do público.

Rapidamente se cria um ambiente íntimo na sala do Rivoli e a banda inicia o concerto com um instrumental poderoso, quase como uma espécie de chamamento para a viagem prestes a ter início.

“Quebra”, o primeiro single do novo disco, é apresentado em segundo lugar nesta noite. Familiarizado com este tema, o público canta, ainda que baixo, algumas partes da letra. A banda consegue, neste momento, alimentar algumas das expectativas de quem ansiava com curiosidade pelos próximos temas.

Incapazes de se desfazerem do seu último álbum, os Peixe: Avião apresentam “Pele e Osso”. Com uma sonoridade e voz divinal, o público é levado para um caminho desconhecido e imaginário, onde cada batida toca uma parte indistinta do seu corpo. Deste álbum, foram também apresentados “Avesso”, “Prismas” e “Torre de Papel”.

A noite continua, o público assume o espaço criado pela banda e acompanha os sons frenéticos e vibrantes do novo álbum. O instrumental ganha espaço e o som das guitarras ecoa nas cabeças. Cada música é uma viagem diferente, uma outra história. O concerto torna-se num expoente máximo de sensações: uma verdadeira obra prima sentimental e inédita.

Ao fim de 9 músicas, a sala do Rivoli ouve um “Boa Noite”. O público não estava pronto para largar o envolvimento criado entre si e a banda. Confuso, aplaude e despede-se de uma noite épica , que considera ter ficado a meio. Ou pelo menos pensava ele. Em poucos minutos, os Peixe: Avião regressam ao palco e rendem-se ao Rivoli.

A noite tão esperada por todos revelou-se numa viagem a um espaço distinto e quase utópico, com a constante sensação que se estava perante algo intocável, mas que, ao mesmo tempo, possuia a capacidade de preencher. Apesar da pouca interação por parte da banda, a música disse tudo o que tinha de ser dito. O público deixou, assim, a sala do Rivoli, com grande euforia e paixão e com a memória desta viagem única ao extraordinário.