IM-PEACH-MENT EM CALDA

Lave bem os pêssegos (de preferência, na comunicação social) e coloque-os numa taça (desde que seja uma disponível em Brasília). Verta sobre eles a água a ferver (criada pela combustão da sanidade das pessoas nos protestos), deixe ficar alguns segundos (ou dias, depende da celeridade do Senado) e pele-os depois cuidadosamente mantendo-os inteiros. Corte-os depois ao meio e cuidadosamente retire o caroço sem danificar a polpa do fruto (retirar a president[a] e deixar o resto dos corruptos).

Leve uma panela grande (responsável por 200 milhões de pessoas) ao lume com a água, o açúcar, o pau de canela e a vagem de baunilha previamente aberta e com as sementinhas raspadas (inserir piada sobre colonização portuguesa e depilação à brasileira). Deixe levantar fervura e acrescente os pêssegos cuidadosamente. Conte depois 15 minutos e desligue o lume.

Coloque depois as metades dos pêssegos em frascos previamente esterilizados (prisões?) e encha-os com o líquido da cozedura dos pêssegos. Feche bem e deixe arrefecer completamente (dependendo da quantidade de protestos: entre dois meses e um ano).

Insira os frascos fechados numa panela (com imunidade parlamentar q.b.) e encha com água até ¾ da altura dos frascos. Leve ao lume e deixe levantar fervura. Conte 10 minutos. Desligue depois a panela e deixe arrefecer os frascos completamente dentro da água. Retire, rotule e guarde na despensa até necessitar. (Este processo vai pasteurizar a opinião pública e criar vácuo nas cabeças das pessoas, permitindo que possa continuar a corromper a sua autoridade durante alguns meses ou até um ano, na despensa.)

Use depois como fruta em conserva normal.