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Cultura

THE NATIONAL E DISCLOSURE EM DESTAQUE NO 1º DIA DO SUPER BOCK SUPER ROCK

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O primeiro dia (fotogaleria) começou com a atuação dos portugueses Surma, no palco EDP, e Alek Rein, no palco Antena 3. O jovem músico de 21 anos conseguiu aquecer o ambiente para o primeiro dia do festival. O público reagiu positivamente a alguns dos temas apresentados. Alek Rein tornou-se um dos nomes mais promissores que passou pelo palco Antena 3 durante o festival.

O palco EDP foi, primeiro, de Jamie XX e, um pouco, de Kurt Vile neste primeiro dia. O músico americano não pareceu conseguir conquistar totalmente a atenção do público num concerto que se tornou um pouco monótono. Com o seu longo cabelo a tapar-lhe a cara, Kurt Vile tentou, ainda, interagir em alguns momentos com o público que esperava ansiosamente pelo concerto dos The National. “Pretty Pimpin” foi, ainda assim, o ponto alto da sua passagem na 22ª edição do festival onde o público mais se fez ouvir. Coube, por isso, a Jamie XX chamar a maioria até ao palco secundário. Mesmo com o concerto dos The National a coincidir, o artista britânico não deixou de ter o seu momento merecido no festival e que justificou com força o seu nome no cartaz deste ano. A pista de dança estava oficialmente aberta. Até o samba se dançou.

The Temper Trap foram os primeiros a subir ao palco Super Bock. “Love Lost”, “Sweet Disposition” e “Down River”, do álbum Conditions, foram algumas das músicas mais aplaudidas. Num concerto onde o espaço estava confortavelmente ocupado, o grupo australiano conseguiu, mais uma vez, trazer ao SBSR a sua forte presença em palco. Quem sabe ainda voltem pela terceira vez ao festival que se tornou, desde 2010, a sua nova casa em Portugal.

Ainda no palco principal, alguns consideram o concerto do duo britânico, Disclosure, o grande momento da noite enquanto que outros não se conseguem desfazer do “sem palavas” que o concerto dos The National provocou no público. Com um estilo e presença em palco diferentes, as duas atuações foram, de forma única e distinta entre si, o estandarte do festival no primeiro dia. Mesmo com os problemas técnicos iniciais, os Disclosure estenderam a pista de dança até ao Meo Arena onde o espaço estava mais composto do que no início da noite. Durante mais de uma hora, o público arrancou de si próprio os movimentos mais arrojados e descontraídos, até mesmo os que diziam “não ser grandes fãs deste estilo de música”. A atuação de Disclosure não foi nada mais do que a transformação de um público em recuperação do memorável concerto dos The National para um público descontrolado que dança desenfreadamente.

The National surpreendou tudo e todos. Desde os que cantaram palavra a palavra em cada tema apresentado até aos que reconheceram uma ou duas músicas ou os que ouviam pela primeira vez. A banda não estava certamente sozinha em palco. Podemos falar em amor e adoração neste concerto. Tanto de quem via o concerto, fosse quem fosse, como dos 7 membros da banda que tocaram cada tema com um toque muito próprio e verdadeiro. Foi o encontro, para alguns, e o reencontro, para outros, entre uma banda tão aclamada e amada por um público igualmente dedicado. Todos os momentos, individualmente, tocaram o lado mais sensível e íntimo de cada um presente naquela noite. Os The National despediram-se do SBSR com uma versão acústica de “Vanderlyle Crybaby Geeks”. Matt Berninger, vocalista, contra tudo e todos, dirigiu-se até ao público e entregou-se a ele de corpo e alma, literalmente. Foram poucos os que se deixaram ficar imunes a este momento tão sincero e puro.

O primeiro dia do festival contou ainda com a atuação dos portugueses Benjamim, Peixe:Avião e Samuel Úria no palco Antena 3. Pelo palco EDP passaram também os irlandeses Villagers.

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