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Cultura

NOITES DA QUEIMA: A “FESTA” DOS DUB INC. E OS RITMOS DE DILLAZ

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“Espero bem que o Dillaz seja primeiro”, diz Vera Ramos, enquanto esperava pelo concerto, perto da tenda onde estão os técnicos de som e luz. “Sou fã do Dillaz, já o vi no Hard Club”, explica, acrescentando que as expectativas para este concerto eram altas. Mas, para o concerto ser bom “tem de estar aqui o pessoal todo”.

O “pessoal todo” apareceu. Uma moldura humana impressionante recebeu o rapper português, que esta noite vinha acompanhado pelos amigos de longa data Vulto e Zeca. Juntos, formam o grupo M75. Entre as músicas, Dillaz aproveitou para incentivar o público, com o objetivo de eliminar inibições que pudessem existir. Quem estava na plateia dificilmente o ouviu cantar a música Não sejas agressiva. Todo o Queimódromo parecia saber a música de cor.

Com o fim do primeiro concerto, os Dub Inc. preparavam-se para entrar em cena. “Isto é uma surpresa. Não estávamos à espera de um concerto deste tipo, para 5000 ou 6000 pessoas” disse Aurélien Zohou, vocalista da banda, ao JUP. Apesar de ser inesperado, estava confiante de que esta noite ia ser “uma grande festa”.

O grupo de reggae não parou de incentivar o público. Ora pedia para sentar, ora pedia para saltar, ora pedia para fazer barulho. A interação com o público foi um dos pontos fortes deste concerto. No fim, os franceses cantaram Porto is on fire. E sim, estava. É muito provável que tenha sido vossa culpa, Dub Inc.

“Vinha a contar que fosse um concerto fixe mas não sabia que ia ser tão top” confessa Natacha Santos, estudante no Instituto de Medicina Tradicional do Porto. “DUB deu 50-0 a Dillaz”, disse, entusiasmadamente.

Tinham já passado 30 minutos do fim dos concertos e Guilherme Soares, estudante na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, continuava debruçado nas grades, perto do palco. “Eu acho que o Dillaz teve uma muito boa prestação mas para mim os Dub Inc. foram muito melhores.”, disse, em jeito de análise. “Eu sou francês e conheço-os há mais de 10 anos. Para mim continua a ser um dos melhores grupos que vem cá a Portugal”.

Na próxima noite, em dia de cortejo, passam pelo Queimodromo os 4 mens e, como não podia deixar de ser, Quim Barreiros.

 

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