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Educação

UMA SEMANA QUE ABRE HORIZONTES

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A semana internacional já se realiza há nove anos no ISCAP e tem como objetivo central acolher professores de universidades parceiras para virem lecionar aos alunos portugueses, assim como visa receber também representantes não docentes dessas universidades para conhecerem o ISCAP como instituição.

Segundo a coordenadora do Gabinete de Relações Internacionais, Alexandra Albuquerque, “o conceito principal é ser um momento integrador, é não passar despercebido. Não queremos que ninguém não veja a semana. Todos têm que a sentir e acho que estamos a conseguir, porque, de facto, é impossível não ver a semana internacional a acontecer.”

Enquanto o ISCAP recebe uma média de 100 alunos provenientes de outros países em cada semestre, a mobilidade de estudantes portugueses para o estrangeiro é muito reduzida. Uma vez que muitos alunos não têm possibilidades para fazerem um programa de mobilidade, ou porque não têm dinheiro, ou porque não têm muita facilidade na língua inglesa, o ISCAP investe muito na internacionalização dentro da própria instituição. Assim, esta semana é uma “forma de estimular a mobilidade e ao mesmo tempo promover a internacionalização a custo zero, porque algumas turmas chegaram a ter cinco aulas em inglês”, esclarece a coordenadora do GRI.

Para além das aulas, os principais eventos que ocuparam esta semana tão dinâmica e instrutiva foi o Dia da Rússia (20 de maio), o Dia da Hispanidade (21 de maio), o ISCAP On Tour (22 de maio) e o Fórum Luso-Libanês (23 de maio). O ISCAP On Tour é um evento organizado pelo Curso de Gestão de Atividades Turísticas que foi, este ano, incluído, pela primeira vez, na Semana Internacional. Além destas atividades, houve uma apresentação de projectos portugueses com ideias inovadoras que algumas empresas querem internacionalizar, o que constituiu para Alexandra Albuquerque “a grande novidade deste ano”. Neste sentido, o que se pretende é “que nasçam projectos que sejam internacionais, europeus, artigos para publicar em revistas e que haja cooperação para além da semana internacional”.

E, durante toda uma semana, direcionada essencialmente para os alunos portugueses, é promovido o convívio e a interação entre diferentes pessoas que partilham a vontade de conhecer novos mundos, o que se traduz numa experiência bastante frutífera e enriquecedora para toda a comunidade escolar.

Feira Internacional

Na passada quinta-feira, dia 22 de maio, teve lugar a Feira Internacional, organizada pela Associação de Estudantes do ISCAP. Inserida na Semana internacional, esta feira é desenvolvida com o objetivo de promover a aproximação entre os alunos portugueses, os alunos inseridos na mobilidade Erasmus, os alunos estrangeiros e os alunos de intercâmbio.

Como afirma o Vice-Presidente da Associação de Estudantes, Tiago Martins, este dia contribui “para eles trazerem um bocadinho dos países deles para nós ficarmos a conhecer, assim como nós darmos a conhecer aquela que é a nossa cultura, aquela que é a nossa gastronomia, aquilo que temos para oferecer”.

Ao longo desta feira decorreram diversas atividades desde os jogos tradicionais portugueses ao “concurso internacional de sabores em que cada grupo de alunos dos países que cá estão em mobilidade trouxe uma comida típica ou uma bebida típica, mas também imagens, vídeos, músicas típicas”, acrescenta Tiago. No âmbito deste concurso, foi a Roménia que saiu vencedora, já que estava bem preparada para representar da melhor forma o seu país, tendo até trazido os seus trajes típicos.

A par destas atividades, houve também lugar para a hora brasileira na qual foram oferecidas caipirinhas confecionadas pelos estudantes do Brasil e, ao final da tarde, ocorreu um jantar tradicionalmente português, no qual se incluíram pratos como “moelas, pataniscas, caldo verde, chouriça assada (…) ”, e bebidas como a “ginginha e a poncha da madeira”. Nessa noite, houve ainda espaço para o lançamento da atividade “Xcape”, a qual se traduz num convívio bastante tranquilo e descansado, “exatamente para proporcionar aquela quebra e aquela aproximação com os alunos estrangeiros e também entre nós ”, como esclarece o Vice-Presidente da AEISCAP.

Experiências além-fronteiras

Barbara Stipic e Andraz Raijkovic são dois estudantes provenientes da Eslovénia que estão sensivelmente a meio da sua estadia por Portugal. Estes alunos do primeiro ano da área de economia encontram-se a fazer um estágio de três meses no ISCAP e estão a adorar a experiência. “Eu queria experiências, novas pessoas e esta é uma oportunidade espetacular para sair do nosso país e experimentar algo novo”, afirma Barbara, visivelmente satisfeita.

Na verdade, na altura de escolher onde estagiar, a sua escolha recaiu sobre Portugal e particularmente sobre o ISCAP, porque “outras raparigas também trabalharam aqui e disseram que as pessoas aqui são extraordinárias”. Também Andraz considera as pessoas bastantes hospitaleiras, declarando que “são simpáticas, abertas a pessoas novas e ajudam imenso. Se tiveres alguma dúvida, elas explicam-te tudo e se precisares de ajuda, ajudam-te sempre”.

Relativamente à semana internacional, Andraz assevera que é “importante para nós porque conhecemos muita gente de outros países e é importante para a escola porque as pessoas de outros países, por exemplo, professores, irão, com certeza, saber mais sobre Portugal e sobre esta escola, o que, na minha opinião, é bom”. De facto, este tipo de eventos que promove a interação entre culturas diferentes, permitirá que o nome da instituição e, consequentemente, do país ultrapasse as fronteiras espaciais e se projete noutras nações, até então alheias à realidade portuguesa.

Estes dois simpáticos jovens, à semelhança de muitos outros, escolheram o ISCAP para investirem uma parte da sua formação e a verdade é que esta aventura por terras lusitanas se tem revelado bastante enriquecedora a todos os níveis. “Nós conhecemos pessoas diferentes e obtemos muita experiência com línguas, porque temos que falar sempre com as outras pessoas em inglês, não na nossa língua materna, o que melhora as nossas competências”, conclui Andraz.

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