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Educação

PORTO: SEMINÁRIO SOBRE A VIOLÊNCIA NO NAMORO

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A assinalar o dia dos namorados, o seminário conta com a presença da secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, Rosa Monteiro. Também estará presente Teresa Fragoso, a presidente de comissão para a Cidadania e Igualdade de Género.

O programa Uni+ é financiado pela Secretaria de Estado para a Cidadania e Igualdade e promovido pela Associação Plano i.

No evento, vão ser apresentados os dados do Observatório da Violência no Namoro e os resultados do Estudo Nacional sobre a violência no namoro. Vai ser ainda lançado o livro Violências no Namoro, que contém contributos de autores/as de referência.

Estatísticas do Observatório da Violência no Namoro

Até ao momento o Observatório registou 128 denúncias. 70 destas foram efetuadas por ex-vítimas, 51 por testemunhas e apenas 7 por vítimas atuais. As denúncias apresentam grande divergência quando comparadas por sexos: 118 denúncias foram efetuadas pelo sexo feminino e 10 pelo sexo masculino.

Segundo as estatísticas, em 92% dos casos as vítimas são do sexo feminino e em 94% os agressores são do sexo masculino.

A casa das pessoas é o local de maior incidência da violência, seguido da via pública e estabelecimentos públicos. O local com menos incidência é a escola.

O tipo de violência predominante é a violência psicológica, que ocorre 90.6% das vezes. De seguida, é a violência física (53.9%),  a violência social (32%), o stalking (27.3%) e a violência sexual (17.2%).

Estudo Nacional sobre a Violência no Namoro

Este estudo envolveu 1833 estudantes universitários, com idade média de 23 anos, e teve como objetivo caracterizar as crenças sobre as relações sociais e as práticas de violência. Dos inquiridos, 56.5% foram vítimas de violência no namoro e 36.6% admitiram já a ter praticado.

27.5% dos rapazes acredita que em certas ocasiões a violência doméstica é provocada pela mulher e 13.5% entendem que as mulheres que se mantêm em relações com violência são masoquistas.

Das raparigas inquiridas, 20% já foram controladas em aspetos como imagem física e/ou lugares que frequentam. 8% das raparigas já foram obrigadas a ter comportamentos sexuais indesejáveis.

 

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