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Cultura

TIM BERNARDES ACOLHE O PORTO NO SEU QUARTO

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O palco da Casa da Música tinha apenas duas guitarras, um piano e um foco de luz sob a qual brilhou Tim Bernardes. O paulista de 27 anos é também vocalista d’O Terno, que esteve presente nos palcos do NOS Primavera Sound em junho deste ano. O músico regressou a Portugal, desta vez a solo, com o disco de afirmação Recomeçar, de 2017.

Em luz fraca, os fãs do Tim Bernardes foram convidados a entrar no seu quarto. Num ambiente calmo e secreto, apresentou o seu único álbum em nome próprio de músicas verdadeiras e sensíveis, de amor e desamor.

Recomeçar foi um disco “imaginário, guardado e escondido”, pensado por muito tempo no seu próprio quarto. Por essa razão, o músico admitiu-nos no seu espaço íntimo: ouvi-lo naquela sala, com tal cenário, foi como estar com ele onde tudo assomou logo de início. Tim afirmou, em tom de brincadeira, que “hoje está um quarto muito louco”.

Tim Bernardes quis, na sua digressão, “fazer um show de compositor”; quis estar sozinho no palco, transmitir a introspecção e a intimidade que o seu disco incorpora.

Num concerto intimista, Tim não se ficou pela sua obra. O artista admitiu o seu gosto e vontade por fundir em palco músicas da sua autoria com temas brasileiros populares que estima e sente fazerem sentido dentro das suas. Ao longo do concerto, despercebidamente, dentro das suas criações surgiram versões de temas “muito bonitos e sinceros” da música pop brasileira dos anos 60 e 70. “Chico Mineiro” de Sérgio Reis, “Mas Que Nega É Essa” de Jorge Ben, “Realmente lindo” de Gal Costa, uma mistura de Black Sabbath e Belchior e, ainda, temas da sua própria geração, como d’O Terno e de Donica, foram alguns dos escolhidos pelo artista.

Tim Bernardes teve outra visita marcada aos palcos de Portugal, no Theatro Circo de Braga esta quarta-feira.

Artigo da autoria de Raquel Maria.