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Cultura

SALTO: “O NOVO ÁLBUM SERÁ MAIS ORGÂNICO”

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Ao duo inicial, Guilherme Tomé Ribeiro e Luís Montenegro, juntaram-se Tito Romão e Filipe Louro. Juntos são os Salto. Vindos da Maia, o quarteto têm conquistado, desde o lançamento do seu álbum em 2012, um alargado público e obtido o reconhecimento da crítica. A revista Blitz prevê o seu sucesso, associando à banda uma descrição que a anuncia: “Duas guitarras, duas vozes, duas cadeiras e muitos anos pela frente para mais misturar e dar.

Filha do novo milénio, os Salto inserem-se numa nova geração de música portuguesa. “Embora não tenhamos vivido numa outra «geração» enquanto músicos, sentimos que de facto há algo de novo a surgir na nossa cultura (…). Estamos todos a usufruir da rapidez com que a informação viaja até nós.”

A banda acredita que estamos perante uma mutação na produção musical portuguesa, que tem crescido na qualidade e na quantidade. “Tanto o público como as bandas têm feito essa revolução”, afirmam. “Se por um lado há um aumento da oferta de bandas portuguesas com cada vez melhor música, por outro há também uma vontade de os portugueses estarem cada vez mais atentos ao que a nossa cultura produz, tanto na música como em outras áreas.”

A música produzida pela banda portuense abre-se num leque de influências, desde as harmonias dos anos 60, à batida disco da década de 70, passando pelas pistas de dança dos anos 90, numa planóplica sonora que marcou o seu disco de estreia homónimo. Para os Salto, esta variedade é “uma forma natural” de estarem na música.

De todas as comparações que ouvem com outras bandas, os Salto preferem as que são feitas relativamente aos Hot Chip e à música dos primeiros álbuns da banda britân0ica. Quanto às suas “verdadeiras influências”, a banda admite que “não se mantêm as mesmas durante todo um processo de produção de um álbum”. Os Salto gostam acima de tudo “de conhecer o que já foi feito e de ouvir o que de mais fresco se anda a fazer, acabando tudo isso por nos inspirar”, sem se prenderem a um conjunto de bandas de inspiração.

Dois anos após o lançamento do primeiro disco, os Salto estão com vontade de lançar música nova. As mudanças na banda, com a entrada de Tito Romão e Filipe Louro, terão reflexos no que está para vir. “O som [será] diferente e mais aproximado ao que acontece num concerto e na nossa sala de ensaios.” Sem se afastarem da identidade que define os Salto, a banda garante que o novo trabalho “será mais orgânico”.

No que diz respeito à produção artística, os Salto dizem que as canções são a sua maior “preocupação”, apesar da diferença que poderá surgir no novo disco relativamente a temas como a “Por Ti Demais” e a “Deixar Cair”. “Seria estranho (…) que a nossa forma de fazer música continuasse a mesma.”

Música à parte, em alusão ao tema “Não Vês Futebol”, a banda admite gostar realmente de ver e jogar. No entanto, a correria entre concertos e festivais de verão deixa-lhes pouco tempo para se deitarem ao sol e verem futebol.

Dos relvados para o palco, o público pode contar com a presença dos Salto no FUSING Culture Experience. No próximo dia 15, a banda passará pela Figueira da Foz, juntando-se um cartaz repleto de bandas desta “nova geração”.