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Devaneios

Encanto Portuense

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Sentada na margem do rio, observo a minha imagem refletida na água do Douro. Vejo uma senhora com rugas que contam histórias e com um olhar brilhante. Parecia que os seus olhos sorriam! Dirigiu-se a mim e falou-me de momentos que viveu na Cidade do Porto. Encantou-me, comoveu-me, fez-me ver melhor aquilo que me rodeava.

Olhei à minha volta e vi uma cidade que é minha, que é de todos aqueles que por aqui passaram. É a cidade invicta, onde a alma portuense nunca se desmorona.

Trocamos os v’s pelos b’s, laureamos a pevide pelas ruas históricas da nossa cidade, somos hospitaleiros e muito sinceros. Somos gente que luta pelos sonhos e nunca baixa os braços, somos pessoas de garra. Aqueles que aqui vêm, vão embora com a certeza de que um dia irão voltar e serão sempre recebidos com simpatia e sorrisos.

O Porto veste-se de vaidade, seriedade e emoção.

Hoje a cidade está ensolarada, ontem estava coberta por neblina, hoje vejo as gentes da ribeira a saltar para o rio, ontem vi a chuva a cair como cristais sobre a água do Douro, hoje és uma cidade bonita, ontem continuavas bela.

Ficas ainda mais bela, quando as tuas ruas se enchem de multidões, quando o teu céu se enche de foguetes, quando se ouvem as músicas populares por todos os cantos, quando cheiras a sardinha assada, quando os portuenses se juntam e são felizes.

Podia viajar pelo mundo todo, mas acabaria sempre por voltar para ti.

Escrevo para ti, porque te admiro e porque tenho orgulho em pertencer-te.

 

Artigo da autoria de Inês Ribeiro

 

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