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Autárquicas 2021

Autárquicas 2021: Vila Nova de Gaia

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Entre 1976 e 1997 Vila Nova de Gaia foi um Concelho com alguma rotatividade no poder, sem que PS ou PSD alcançassem a maioria absoluta ou conseguissem a reeleição. Em 1997 começa um período de domínio social democrata, com 3 maiorias absolutas (em 2001,2005 e 2009) a mais recente com cerca de 62 % dos votos. Por duas ocasiões, foram mesmo eleitos 8 vereadores do PSD.

Em 2013 o PSD passou de um recorde de votação para um recorde negativo, elegendo o mesmo número de vereadores que o movimento independente “Juntos Por Gaia”.

Em 2017, foi a vez de o PS conquistar 61% dos votos e 7 vereadores. A reeleição de Eduardo Vítor Rodrigues em 2017 pode ter assinalado um novo “bastião” socialista nas eleições autárquicas.

O Bloco de Esquerda está em crescendo e a CDU já elegeu 1 vereador por mais do que uma ocasião. CDS já só é preponderante em coligação com o PSD como acontecerá em 2021. A abstenção é mais frequentemente acima dos 30%, mesmo antes do século XXI, com 2 recordes seguidos de abstenção em 2013 e 2017.

Perfil Sociodemográfico 

O concelho de Vila Nova de Gaia, conhecido pelas caves de vinho situadas no Centro Histórico, apresentava, em 2020, a 2ª maior percentagem de pessoas inscritas, em média, mensalmente, nos centros de emprego, o que representava 16.138 desempregados.

O ramo das indústrias transformadores era o que empregava mais pessoas no município, sendo que os setores da agricultura e construção são os que empregavam menos habitantes.

Em 2020, o município tinha 300.245 residentes, dos quais 9.720 eram estrangeiros, número que tem vindo a aumentar de forma substancial, desde 2017. O número de habitantes tem vindo a diminuir, desde 2012, ano em que se registaram 303.290 residentes. No entanto, a densidade populacional do concelho era, no ano passado, a 4ª mais alta da AMP.

O concelho ocupava, em 2020, a 6ª posição quanto à maior percentagem de jovens, com 13 jovens por 100 habitantes, e a 7ª, no que diz respeito ao maior índice de envelhecimento, com 20 idosos, por cada 100 habitantes, perfazendo assim um rácio de cerca de 150 idosos por cada 100 jovens. 

O saldo migratório foi positivo, no ano passado, ao contrário dos saldos natural e total que registaram valores negativos. O número de nascimentos tem vindo a diminuir e foi mesmo ultrapassado pelo número de óbitos, em 2014. Entre 2019 e 2020, o número de óbitos aumentou de 2.680 para 3.078.

Em 2019, estavam inscritos 44.031 alunos nas escolas do concelho, menos 9.550, em comparação com 2010. Entre os diversos tipos de ensino, o ensino básico foi o que sofreu uma maior quebra.

No que diz respeito aos trabalhadores por conta de outrem, as qualificações escolares aumentaram de 9, em 2010, para 10, em 2018, o que significa que Vila Nova de Gaia é o 3º concelho com o maior nível de escolaridade da AMP.   

O número de empresas não financeiras aumentou, desde 2010, sendo que, em 2020, existiam no concelho 38.522 empresas. O concelho apresentava ainda o 4º maior salário mensal da Área Metropolitana do Porto, valor que aumentou, gradualmente, ao longo dos anos. Em 2018, os homens ganhavam, em média, 1.210 euros e as mulheres 1.030 euros, o que representa uma disparidade salarial de 180 euros, em média.

O volume de negócios das quatro maiores empresas do concelho sofreu a maior quebra entre 2010 e 2012. Após um crescimento substancial, em 2016, o respetivo valor tem diminuído, tendo se registado, em 2019,  um volume de 13,4% do total. Em 2019, Vila Nova de Gaia apresentava uma percentagem de pessoas ao serviço das quatros maiores empresas não financeiras no concelho de 4,2%.

O índice de poder de compra per capita (média nacional igual a 100) no concelho era praticamente igual à media nacional (100,1), enquanto em 2009 era de 101. Ainda assim, este indicador relativo estava em subida desde 2011, altura em que se situava nos 99,1.

Candidatos

PSD: José Cancela Moura

                                                    Foto: Página Oficial do PSD

José Cancela Moura recandidata-se à Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia. O candidato é o substituto de António Oliveira, ex-selecionador nacional de futebol, que abandonou a corrida eleitoral.

Cancela Moura é deputado na Assembleia da República desde 2019, diretor do “Povo Livre”, jornal oficial do PSD, desde 2018, e vereador na Câmara de Gaia e presidente da Comissão Política de Secção do PSD de Vila Nova de Gaia, desde 2015, cargo que exerceu, também, entre 2000 e 2002.

O candidato foi mandatário nas eleições de 1997 e 2001 pela coligação PPD/PSD-CDS/PP, tendo ocupado o lugar de diretor de campanha nas autárquicas de 2001.

O candidato, que encabeça a coligação PSD/CDS/PP e PPM, teceu duras críticas ao ex-candidato, dizendo que António Oliveira tinha “falta de caráter”. 

As circunstâncias em que Cancela Moura é designado como candidato determinaram que, num momento tão difícil – estas serão provavelmente as eleições mais difíceis de toda a nossa democracia – deitássemos mão de um ativo de qualidade, orientado por valores éticos inequívocos e que é também uma reserva moral do partido, para protagonizar uma candidatura à altura da responsabilidade de construir, com os gaienses, um projeto político alternativo à atual maioria municipal“, afirmou o PSD do Porto.

Em 2017, Cancela Moura, natural de Gaia, obteve cerca de um terço dos votos (20,3%) do PS (61,68%). 

CDU: Diana Ferreira

                                                                         Foto: Página Oficial PCP-PEV

A candidata da CDU à autarquia de Vila Nova de Gaia é Diana Ferreira, licenciada em Psicologia.

Diana Ferreira é deputada do Partido Comunista Português desde 2014, e desempenha funções na Comissão de Trabalho e Segurança Social bem como na de Cultura e Comunicação. Natural de Massarelos, integrou a Assembleia da União de Freguesias de Gulpilhares e Valadares e a Assembleia Municipal, nas eleições de 2013 e 2017.

A cabeça de lista da candidatura do CDU pretende implementar políticas culturais e ambientais, melhorar a mobilidade e os transportes públicos, proporcionar uma habitação condigna a qualquer habitante e revigorar os espaços exteriores. 

A candidata afirmou ainda que é necessário “concretizar, o mais rapidamente possível, o processo de vacinação, em cada país, em todo o mundo”, visto que esta medida vai permitir a recuperação das diversas atividades económicas. Diana Ferreira alerta para a necessidade de se reforçar o SNS e vacinar a população.

IL: Orlando Monteiro da Silva 

                                                       Foto: Jornal O Gaiense

Orlando Monteiro da Silva é o candidato da Iniciativa Liberal à autarquia de Vila Nova de Gaia. O candidato, que é o ex-bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, não apresenta ligação partidária desde 2000. 

O Presidente da Associação Nacional dos Profissionais Liberais foi convidado a ser cabeça de lista da candidatura do Chega à Câmara Municipal do Porto. No entanto, Orlando Monteiro da Silva não aceitou a proposta, visto que “sou liberal, europeísta convicto, um universalista. Identifico-me muito mais com o ideário da IL [do que com o do Chega]”.

Entre 1995 e 2000, o candidato esteve filiado no CDS, onde exerceu funções como conselheiro nacional. A sua ligação ao partido terminou quando assumiu o cargo de bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas. 

Orlando Monteiro da Silva pretende usar a sua experiência profissional no desenvolvimento de medidas que permitam ajudar o concelho a crescer.

“Num país que está condicionado e adormecido para nivelar por baixo a criatividade e inovação que existe este desafio é particularmente difícil. Gaia precisa urgentemente de uma voz liberal para se fazer ouvir” afirmou o candidato.

Monteiro da Silva pretende captar mais investimento para o concelho e colocar um ponto final ao “complicómetro do licenciamento da iniciativa privada”. O candidato afirma que a sua primeira medida, caso ganhe as eleições, vai ser dar prioridade a todos os habitantes que, na sequência da pandemia, não tiveram consultas ou cirurgias.

PS: Eduardo Vítor Rodrigues

Eduardo Vítor Rodrigues, candidato pelo PS à Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia (Fonte: Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia)

O Presidente da Câmara Municipal de Gaia está no cargo desde 2013. Professor de Sociologia na Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), está em licença sem vencimento enquanto ocupa o cargo de Presidente da Câmara. Lecionou unidades curriculares de licenciatura, mestrado e doutoramento.

Preside à Área Metropolitana do Porto e é o primeiro Presidente da Câmara Municipal de Gaia a fazê-lo. Aí debruça-se sobre assuntos como a rede de metro, a concertação regional,  o passe único e ainda sobre o quadro comunitário. Foi Presidente do Concelho Fiscal da Associação Portuguesa de Sociologia e, a nível político, foi Presidente da Junta de Freguesia de Oliveira do Douro, em regime de voluntariado, entre 2001 e 2009 e ainda vereador sem pelouros entre 2009 e 2013. É ainda membro cofundador da seção temática “Pobreza, Exclusão Social e Políticas Sociais” coordenada pelo Professor Doutor Fernando Diogo (Universidade dos Açores) da Associação Portuguesa de Sociologia.

Na apresentação da recandidatura, Eduardo Vítor Rodrigues realçou as dificuldades que os anos seguintes a estas eleições autárquicas serão “dificílimos”. Vítor Rodrigues manifestou a intenção de iniciar um projeto para a construção de uma Unidade de Cuidados Continuados, de um polo de startups, um Centro Municipal de Juventude e de continuar o projeto do Pavilhão Multiusos. O Presidente da Câmara da Gaia manifestou ainda interesse nas áreas de mobilidade e transportes, e de recolha de lixo e reciclagem. Destacou a intenção de patrocínio pelo Município de um referendo sobre a desagregação de freguesias com vista a “corrigir um erro do tempo da Troika”. 

Sobre os dois mandatos anteriores, realçou a criação de parcerias com o governo sem esperar pela descentralização, nomeadamente ao nível da saúde e da educação. Destacam-se a empreitada do Centro Hospitalar de Gaia e a retirada do amianto das escolas. Sob o slogan “Dedicados a Gaia”, prometeu ainda o reforço das políticas sociais, a reabertura de todas as ribeiras entubadas e a instituição de um sistema inteligente de ciclovias. 

O Presidente da Câmara da Gaia manifestou ainda interesse nas áreas de mobilidade e transportes e de recolha de lixo e reciclagem. Destacou a intenção de patrocínio pelo Município de um referendo sobre a desagregação de freguesias com vista a “corrigir um erro do tempo da Troika”. 

Eduardo Vítor Rodrigues realçou a política de atratividade de empresas que motivou a diminuição da taxa de desemprego para 8% em relação aos dois dígitos em que se encontrava em 2013, quando tomou posse. A extensão da linha de metro até Vila d’Este está já em curso e o Presidente refere ainda a construção de uma segunda linha em Gaia, ironizando a promessa de construção de uma ponte para esse efeito (que nunca se concretizou) feita em 2011 feita pelo antecessor de Eduardo Vítor Rodrigues, Luís Filipe Menezes (PSD/CDS-PP).

Chega: Alcides Couto

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Alcides Couto, candidato à Câmara Municpal de Vila Nova de Gaia (Fonte:  CHEGA- Vila Nova de Gaia/Facebook)

Alcides Couto é Presidente da concelhia do Chega em Vila Nova de Gaia. É empresário com experiência em gestão e Marketing e o escolhido para a Câmara Municipal de Gaia pelo partido liderado por André Ventura. Couto apresenta a candidatura “contra a corrupção, contra o compadrio e pela transparência” com o slogan “Gaia de mãos limpas”. Em janeiro, pouco depois de ter sido eleito líder da concelhia deu uma entrevista à publicação “Audiência”, em que destacou a surpresa pelo número de apoiantes e simpatizantes que o partido adquiriu no Concelho, bem como pelo apoio dos empresários que foram sendo contactados pelo partido. 

Quer passar a ideia de um partido “Nacional, Conservador, Liberal e Personalista” ao invés da imagem passada para fora pela que considera a “imprensa do regime”. Assumiu o objetivo de alcançar a eleição de pelo menos 3 deputados Municipais em Vila Nova de Gaia. Alcides Couto defende também um desenvolvimento mais abrangente em que o as zonas rurais sejam tão valorizadas como as zonas centrais do Concelho, sem permitir a existência de zonas que pareçam “paradas no tempo”. 

Alcides Couto invoca a “matriz fundadora do partido” para se opor à corrupção, defender a transparência, a libertação de recursos públicos para apoiar e promover a economia local.

BE: Renato Soeiro

 

 

Renato Soeiro, candidato à Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia (Fonte: Bloco de Esquerda Gaia/Twitter)

Luís Monteiro, deputado com apenas 22 anos, foi o 1º candidato apresentado para a Câmara Municipal de Gaia, mas desistiu da candidatura após ter sido alvo de uma acusação de violência doméstica por uma ex-namorada. Para o seu lugar, o escolhido foi Renato Soeiro, cabeça de lista em Gaia nas Autárquicas de 2017 já pelo Bloco de Esquerda. É engenheiro civil, formado na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).

Fez parte da fundação do partido em 1999 e ainda ocupou vários cargos dentro da estrutura, nomeadamente como membro da mesa nacional. Atualmente é membro da Comissão Coordenadora da Concelhia de Vila Nova de Gaia.  Em 1973, foi expulso da Universidade e impedido de frequentar qualquer estabelecimento do ensino superior em Portugal ou nas Colónias “por afixar cartazes, distribuir panfletos, participar em reuniões e pronunciar discursos” considerados ilegais pelo regime. Foi eleito Presidente da Associação de Estudantes da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto em 1977 e foi membro fundador da União Democrática Portuguesa, tendo integrado a direção nacional do partido.

Em 1974, criou o Centro de Apoio às Lutas Populares de Vila Nova de Gaia (CALP), do qual foi dirigente. Na Europa, destaca-se o trabalho de Coordenador Europeu da EACL (European Anticapitalist Left) entre 2004 e 2007.

No Parlamento Europeu foi  membro do secretariado político do GUE/NGL (Esquerda Unitária Europeia / Esquerda Nórdica Verde – hoje  designado “The Left”) onde se incluem Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português entre 2004 e 2015. Entre 2004 e 2009, constituiu uma Comissão do Parlamento Europeu para a Cultura , Educação,  Juventude, Desporto e Media

PAN: Nuno Gomes Oliveira

Nuno Gomes Oliveira, candidato do PAN à Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia (Fonte: PAN Vila Nova de Gaia/Facebook)

O candidato do Pessoas-Animais-Natureza à Câmara Municipal de Gaia é Presidente da Associação Portuguesa para a Conservação da Biodiversidade (FAPAS) e fundador do Parque Biológico de Gaia. O candidato avança como independente mas com o apoio do PAN, o único partido que confessa ter ideais de defesa do ambiente e da biodiversidade, “logo no próprio nome e símbolo”.

Ao Gaiense enumerou os princípios que tem e que coincidem com os do PAN:“Liberdade, não discriminação e ecumenismo (do grego, ‘oikouméne’, que significa mundo habitado e deriva de ‘oikos’, ‘casa’, ‘ambiente’, a mesma origem da palavra ecologia)”.

Em entrevista ao Porto Canal, acusou os Executivo de PS e PSD de atuarem praticamente da mesma forma. Foi eleito em 2009 pelo PSD para a  Junta de Freguesia de Avintes. Admitiu que as questões ambientais foram o que o motivou a entrar na vida política com o apoio do PAN, uma vez que se fala muito das questões ambientais “ mas por moda, não por convicção”.

Em relação ao processo que tem pendente com a Câmara Municipal, Gomes diz que são duas coisas diferente uma vez que a decisão da ação jurídica tem 4 anos e a decisão de se candidatar à câmara foi tomada este verão, pelo que espera que se chegue a retirada por consenso na primeira situação, o mais depressa possível.

Alertou para as dúvidas existentes relativamente à evolução da linha costeira portuguesa e para a abordagem “por brincadeira” que se faz de problemas como a erosão, e que identifica em Vila Nova de Gaia, onde a costa “já foi à rocha”, não existindo praticamente nenhuma areia nesta zona costeira. Afirmou que o problema não é só de Gaia mas também do Norte, chamou a atenção para o perigo da situação no Rio Douro, e para como “o que não é Gaia pode afetar Gaia”.

Em relação ao “caos no transporte”, referiu a travessia de barco da Afurada ao Porto, onde uma lancha que esteve ativa desde os anos 60 está parada desde novembro. Admitiu que a responsabilidade não é da Câmara, mas aparentemente da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL). Disse que é imperativo resolver este problema “nem que ponham lá um barco a remos” e opôs-se ao que considera serem “ideias patéticas”, como a de um autocarro fluvial. Relativamente à resolução do problema, afirmou que “um candidato não tem que ter soluções”, por não conhecer os dossiês, e admitiu que é por isso que, neste momento, Eduardo Vitor Rodrigues é quem está mais preparado para assumir o executivo. Admitiu contudo que, se for eleito, terá de resolver o problema. 

Relativamente a um concurso para concessão dos transportes, organizado pela Área Metropolitana do Porto, admitiu que “estas coisas não são muito claras” e que embora a população, na qual se inclui, não conheça, ouve dela que “está muito mal organizado”.

Relativamente à habitação, alertou para a necessidade de dar habitação a quem não a tem, e avisa que “não pode haver” pessoas a viver em habitações precárias. Alertou para os “muitos milhares” de habitações desocupadas em Gaia. Relativamente às soluções que o Partido Socialista tem arranjado para estes problemas, diz que algumas são boas mas outras são insuficientes, e apenas promessas, “muitas das quais nunca chegaram a ser cumpridas e muitas das quais nunca vão ser cumpridas por (serem) irrealistas” pelo que diz  que a sua candidatura não faz promessas, só promete dedicação. 

Afirmou que um bom resultado para estas Eleições Autárquicas, seria a eleição de pelo menos um vereador e que sente que a reação à sua candidatura torna isso possível. 

Livre: Ana Poças

Foto: O Gaiense

Ana Poças, natural de Canidelo, concorre à presidência da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, como candidata independente pelo Livre.

A investigadora pretende melhorar a rede de transportes e promover as ciclovias e a mobilidade a pé, visto que considera ser “imperativo mudar o paradigma da mobilidade. É essencial hoje por todo o mundo, mas também muito especialmente em Gaia, onde temos uma grande dependência do automóvel. É preciso uma boa rede de transportes públicos“. Neste sentido, a campanha da candidata tem sido feita de bicicleta ou através de transportes públicos.

Ana Poças procura, ainda, melhorar as infraestruturas necessárias ao novo paradigma e implementar as chamadas zonas 30, onde o limite máximo de velocidade seria de 30Km/h, de forma a evitar os acidentes junto das escolas, zonas residenciais e nos centros das freguesias.

A candidata afirma que as pessoas devem apostar na sua candidatura “se quiserem mostrar que Gaia precisa de estar no futuro”.

Movimento por Gaia (PDR e MPT)- Vítor Marques

 

Vítor Marques, candidato da coligação Movimento por Gaia (Fonte:Movimento por Gaia/Facebook)

Vítor Marques é o escolhido pela coligação  entre o Partido Democrático Republicano (PDR)  e o Movimento Partido da Terra (MPT). O candidato está reformado, esteve 48 anos à frente de uma empresa de ótica e tem 64 anos. Não tem experiência política. Classifica-se como pragmático uma vez que as “pessoas merecem a verdade” , apontando o dedo às potências políticas tradicionais por fazerem grandes projeções que acabam por não cumprir.

Admite  em entrevista ao Terras da Gaia que apoiou  Eduardo Vítor Rodrigues no primeiro mandato, devido à debilidade das contas no concelho que condicionou o investimento no crescimento de Gaia. Confessa-se dececionado com a falta de investimento pelo candidato do PS, no 2º mandato. Criticou a mudança de projeto em 2018 no que diz respeito ao Metro do Porto,  por achar que priorizou a poupança em detrimento da mobilidade dos gaienses. Vítor Marques propõe a aplicação da economia circular  no concelho com vista a evitar danos ambientais. Usou Latti, capital da Finlândia como modelo no que diz respeito a este domínio.

Noutra ocasião, garantiu  que cerca de 250 a 300 mil euros do orçamento municipal serão investidos com vista a ajudar os mais carenciados, a conseguir pagar o gás e a eletricidade durante o Inverno. Voltou a frisar a preocupação pelos mais pobres, em particular pelos “novos pobres” que apareceram durante a pandemia.

 

 

Artigo da autoria de Inês Pereira e Filipe Pereira. Revisto por José Diogo Milheiro.

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