Desporto
Hóquei: Portugal empata com Itália e complica as contas no Europeu
A Seleção Nacional voltou, esta quarta-feira, ao Pavilhão Multiusos de Paredes, para defrontar a Itália naquele que foi o terceiro encontro de Portugal na competição. Depois duma derrota frente à França (5-3), Portugal entrava em jogo com o objetivo de manter o terceiro lugar e, assim, aproximar-se da Espanha e França.
Entrada em falso
O jogo começou da pior maneira para a seleção lusa. A Itália colocou-se em vantagem no primeiro minuto de jogo, numa jogada marcada pela falha de marcação defensiva de Portugal e, por consequência, Alessandro Verona finalizou de forma fácil. A partir do golo, o jogo tornou-se mais equilibrado, contudo, as investidas ofensivas de Portugal não tinham sucesso e a isso sucederam-se uma série de perdas de bola e passes falhados, que espelhavam a desconcentração da seleção portuguesa.
A seleção transalpina procurou o segundo golo, através de remates de longa distância, assim que havia qualquer brecha na defesa lusa. A Seleção Nacional teve muitas dificuldades em criar perigo na primeira parte e demonstrou alguma falta de agressividade. A dois minutos do final da primeira parte, numa triangulação perfeita, João Rodrigues empatou o jogo.
A partir deste momento, o Pavilhão Multiusos de Paredes puxou ainda mais pela seleção portuguesa. O jogo ficou “ligado à corrente” e pedia-se mais minutos de jogo para Portugal aproveitar a boa fase que estava a atravessar no encontro. 1-1 era o resultado ao intervalo.
Desconcentração defensiva
A Seleção Nacional entrou com o pé esquerdo na segunda parte. O filme repetiu-se e a Itália passou, de novo, para a frente do marcador com um golo de Verona, mais uma vez, fruto de uma jogada de contra-ataque bem conseguida. Portugal não demorou a responder à desvantagem e Hélder Nunes, numa jogada de insistência, marcou, na recarga, o golo do empate.
Depois do segundo golo, a seleção lusa ficou por cima do jogo e começou a pressionar o adversário. Gonçalo Alves, pelo “buraco da agulha”, entre o poste e o patim de Riccardo Gnata, guardião italiano, fez o terceiro golo para Portugal e colocou a Seleção Nacional na frente do marcador, pela primeira vez no jogo.
A vantagem portuguesa não durou muito e a Itália empatou o jogo por intermédio de Federico Ambrosio num desenho técnico-tático perfeito, que contou com uma “ajuda” da desconcentração defensiva portuguesa. Aos quinze minutos da segunda parte, uma falta cometida sobre Domenico Illuzzi deu origem ao penálti que, convertido pelo italiano, colocou a Itália, de novo, na frente.
A boa organização defensiva italiana não permitia a Portugal chegar ao empate e só através de uma grande penalidade foi possível marcar. Gonçalo Alves bisou, empatou e fez aumentar a esperança do público presente no pavilhão. No entanto, o resultado não se alterou até ao final do jogo muito graças a Ângelo Girão e Gnata, guardião português e italiano, respetivamente. 4-4 foi o resultado final
No final do encontro, Renato Garrido, Selecionador Nacional, salientou que apesar de Portugal ter sofrido um golo bastante cedo, a equipa “reagiu muito bem”. O português referiu que “foi um resultado bastante injusto para o caudal ofensivo” da sua seleção e que, para infelicidade de Portugal, o número reduzido de bolas que chegaram à baliza de Girão acabaram por entrar. No jogo frente à Espanha, o selecionador sublinhou que os seus jogadores tem “de ganhar de qualquer maneira”.
Com este empate, Portugal soma mais um ponto e mantém o terceiro lugar com quatro pontos. Os portugueses voltam a entrar em campo, esta quinta-feira, dia 18, para defrontar a Espanha, atual Campeã da Europa, num jogo que pode ser decisivo, pelas 21h45.
Artigo da autoria de Martim Mota