Desporto
Basquetebol: Portugal cai de pé frente à França
Depois da pesada derrota em Dijon, Portugal voltou a defrontar os “les bleus”, desta feita em casa, perante os seus adeptos. Para dar uma imagem melhor, os lusos teriam que se esforçar e estar ao mais alto nível para defrontar a primeira classificada do grupo E, arrecadar a primeira vitória nesta fase de qualificação e deixar o último posto da tabela.
Portugal aguerrido, França adormecida
A primeira parte foi plena de equilíbrio. Motivada por uma bancada preenchida, a equipa da casa começou a todo o gás e, com uma postura exímia no aspeto defensivo, procurou demonstrar que o jogo ia ser diferente do último confronto entre as duas seleções.
Os primeiros pontos da França apenas chegaram quando já passavam três minutos de jogo. Com uma clara aposta no jogo rápido, Portugal procurou sempre causar problemas à defensiva gaulesa. Apesar da boa réplica dos portugueses, a França terminou o primeiro quarto em vantagem, por 16-17.
No período seguinte, o equilíbrio manteve-se. Ao longo da primeira parte, o ritmo manteve-se alto e, de modo a manter a frescura física da equipa e resguardar os jogadores com faltas, a aposta na rotação foi constante. Galvanizados pelo público incansável presente no pavilhão, a turma portuguesa apostou em contra-ataques rápidos com origem em recuperações defensivas eficazes que ajudaram a Seleção Nacional a levar uma vantagem de um ponto para os balneários. 35-34 era o resultado no marcador.
Muita crença, mas sem forças
Os alarmes soaram na equipa gaulesa e foi notória a melhoria dos forasteiros na segunda parte. Portugal manteve-se alerta, mas não conseguiu reverter o poderio dos franceses. A disponibilidade defensiva da França, aliada à ineficácia portuguesa, fizeram com que a equipa visitante se adiantasse no marcador.
À boleia de Mbaye e Sylvain Francisco, com 16 e 15 pontos cada, os gauleses bateram o pé frente ao conjunto luso, que conseguiu uma parcial de 8-15. Um triplo francês no último segundo do terceiro período, fez com que a França chegasse ao derradeiro quarto a vencer por seis pontos, 43-49.
A recuperação era ainda possível, mas a quebra física era visível. Desde o início da segunda parte que o desgaste dos portugueses estava a dar sinal de si e foi preponderante para que Portugal não conseguisse voltar a aproximar-se da França.
A nível individual, Rafael Lisboa foi o mais inconformado da Seleção Nacional. Foi o melhor marcador da equipa, com 14 pontos, e ainda fez acreditar que uma surpresa em Matosinhos era possível, contudo não chegou.
Com uma eficácia de 70%, os visitantes distanciaram-se um pouco mais no marcador, estabelecendo o resultado final de 56-69, confirmando o favoritismo, perante Portugal, e os seus adeptos.
No fim do jogo, o treinador-adjunto da Seleção Nacional, Sérgio Ramos, que substituiu o treinador principal Mário Gomes, infetado com COVID-19, mostrou-se orgulhoso dos seus jogadores. Deixou também uma mensagem ao povo ucraniano e enalteceu o trabalho do professor Mário Gomes, timoneiro da equipa, apesar de este não poder estar presente.
Com este resultado, Portugal segue no último lugar do grupo E, de qualificação para o Mundial 2023, que se realiza na Ásia (Filipinas, Japão e Indonésia), com quatro derrotas em quatro jogos. A França permanece no primeiro lugar, com um registo imaculado de quatro encontros e quatro vitórias.
Os compromissos seguintes de Portugal são em julho, numa dupla jornada frente aos outros conjuntos do Grupo E, Hungria e Montenegro.
Artigo da autoria de Duarte Alves