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Sociedade

Estádio Municipal de Leiria acolhe famílias refugiadas vindas da Ucrânia

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Fonte: TSF

Portugal é o destino eleito por parte destas famílias vindas da Ucrânia que fogem da guerra que se está a passar no seu país. Deixam tudo para trás para fazerem três dias de viagem, tendo encontrado refúgio no Estádio Municipal de Leiria que possuiu capacidade para 50 pessoas. Esperam conseguir chegar a alojar cerca de 70 a 80 pessoas.

“Com uma mala às costas” abandonam o seu país assim como a sua vida inteira, tendo alguns deixado família para trás. É com um sofrimento notável nos olhos que mulheres e crianças chegam a Portugal, uma vez que os homens compreendidos entre os 18 e os 60 anos se vêem obrigados a permanecer na Ucrânia, para defenderem o país.

Apesar de se encontrarem em segurança, vivem com um medo constante por aqueles que não puderam partir. Enfrentam agora várias adversidades com a sua estadia em Portugal, como o alojamento que é apenas temporário, o obstáculo que é ter de lidar com uma nova língua e a procura por um emprego. Em entrevistas com alguns dos novos habitantes do Estádio Municipal de Leiria, é possível observar o contraste entre a atitude daqueles que são mais jovens e dos mais idosos. Enquanto uns tentam olhar para a sua nova situação com uma atitude positiva, outros ainda não se conseguem habituar a esta nova realidade.

Olga Postolenko é o exemplo de alguém que abandonou o seu país, tendo saído da cidade de Kiev logo no quarto dia após a guerra se ter iniciado. Partiu com os seus dois filhos, pais, avó, uma cadela e duas gatas.  No Estádio Dr. Magalhães Pessoa encontram-se mais pessoas na mesma situação, no entanto mostram-se agradecidas por terem sido acolhidas nesta altura tão frágil para os ucranianos.

O coordenador do estádio, George Silva, explicou que cada camarote pode albergar 4 pessoas e os quartos estão decorados com as cores da bandeira ucraniana – azul e amarelo. Assim, os recém-chegados podem sentir-se “mais acolhidos”. Os camarotes encontram-se ainda equipados com bens necessários, por exemplo, à higiene, incluindo produtos de banho e máscaras para utilizar no combate à pandemia que ainda decorre.

O objetivo deste centro de acolhimento para refugiados não é apenas colocá-los em segurança mas fazer com que se sintam em casa, o máximo possível.

“Este país foi meu amigo e já o vejo como a minha segunda casa”. Conta Sofia, uma jovem de 16 anos que, em plena adolescência se vê forçada a abandonar a sua escola e amigos, mas que tem esperança e expectativas para a sua vida futura, e também presente, em Portugal.

O Estádio Municipal de Leiria dispõe então de alojamento, cuidados básicos, espaços de conforto e acesso a televisões para que a informação seja uma constante na vida destes seus novos habitantes, de forma a que possam estar a par de atualizações que digam respeito à situação do país que abandonaram, mas que permanece nos seus corações.

 

Escrito por Maria Barradas.

Revisão por Beatriz Oliveira.

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