Artigo de Opinião
A SENSABORIA DA TELEVISÃO PORTUGUESA
Perdoem-me os adeptos da tão afamada “caixinha mágica” a que chamamos de televisão, se tenho para mim que, nos últimos tempos (anos até), a sua magia se tem vindo a perder a passos largos. Não querendo eu retirar importância à revolução que a televisão criou no mundo, e sem menosprezar o papel importante que teve na criação da não menos célebre “Aldeia Global”, não posso, ainda assim, ficar indiferente à falta de qualidade daquilo a que assistimos diariamente através dos nossos ecrãs.
Já pensei até, incontáveis vezes, que a televisão em Portugal tivesse sido comprada por alguma indústria farmacêutica que pretendia utilizar a dita caixinha como sonífero, dado que sempre que passo mais de cinco minutos sentado no sofá a ver televisão, literalmente, adormeço. E para quem possa pensar que a culpa está em mim, e que sofro de algum transtorno do sono, já me coloquei à prova umas tantas de vezes, e qual cientista observando a sua experiência, fiz cobaias familiares e amigos, e deparei-me com uma epidemia maior do que qualquer outra, a epidemia do sono televisivo. É verdade, 5 minutos bem contados e todos eles padeciam desse tão ingrato estado que é o sono profundo.
Mais, por não menos vezes já me senti um daqueles senhores de idade que passam a vida a falar das histórias milenares, das guerras violentas a que sobreviveram, da valentia de homens que jamais ouvimos falar, dos amores escritos em cartas proibidas que duraram vidas, daqueles senhores que se repetem infindáveis vezes, mas que contam todas as histórias como se fosse a primeira vez. Sabem porquê? Porque no outro dia, chegado de um dia exaustivo deparei-me com a mais sórdida das situações… dei por mim a ver a RTP memória, e pior, estava a adorar. Pois bem, descobri que por lá podia assistir aos inigualáveis “jogos sem fronteiras” e fez-me sentir como se nada de tão bom ou melhor eu houvesse assistido em anos. Aquilo sim sabia a Aldeia Global. Os países europeus uniam-se em jogos de aventura, destreza, e muitas, mas mesmo muitas quedas de fazer soltar as maiores gargalhadas. Curioso que no fim do programa não havia política, não haviam passados, não havia estrangeiros e nacionais, haviam sorrisos, abraços, amigos, e uma Europa também ela “sem fronteiras”. E perdoem-me o aparte, mas não será disto mesmo que precisamos?
Adiante. Enquanto assistia a tão bom programa, despoletou-se em mim algum saudosismo relativamente ao que se assistia no passado. Recordei-me da música institucional que tantas vezes trauteei antes de ver “os jogos” (como lhes chamávamos), recordei-me que fazia tempo que já não assistia aos filmes de Domingo à tarde, recordei-me que antigamente verdadeiros cantores paravam o país no “Festival da Canção”, recordei-me que mais do que assistir ao “ponto de encontro” à noite, com os avós no quentinho do sofá, a televisão era, ela sim, um ponto de encontro!
Fábio
04/09/2014 at 15:08
Vai chorar para o colo da tua mama,ai ela pode se aperceber que algo está mal..dado que não dizes nada de relevante para quem tenha uma visão do mundo, que digo padrão, para quem anda pela universidade..ao se aperceber disso pode ser que ela tente mudar, porque a televisão de merda que temos é feita á medida dela..vai dai, talvez tu mudes também e em vez de escreves para um nicho em que te acenem com a cabeça, para além da abordagem descrita no meu conselho …te faças gente digna de falar para aquilo que é a faixa etária dominante deste pais..
Diogo Rodrigues da Silva
04/09/2014 at 21:58
Fábio, antes de mais pedia-te que moderasses a tua linguagem dado que o artigo não suscita tão acérrimo comportamento. De qualquer forma, a título de resposta ao que dizes e fugindo aos insultos que me lanças desnecessariamente, queria apenas dizer que dado o período de férias em que foi escrito o artigo, e dado que quis, com propósito, lavrar um artigo mais abstracto só para dar a entender ao público do JUP (que tanto estimo) o meu “estilo opinativo”, escolhi falar deste tema que em múltiplas conversas surgiu como tema de conversa para tardes e noites.
Daí ter-me lançado com um artigo deste género com a finalidade exclusiva de criar motivo de conversa e gerar mais conversas que durem tardes e noites como verifiquei que criava.
Quanto aos artigos de opinião numa vertente mais de visão do mundo, como referes, deixo isso para próximas núpcias porque as haverá.
Reitero apenas o que disse no inicio de forma agora necessariamente mais incisiva…Podemos todos concordar ou discordar, gostar ou não gostar, mas temos de fazê-lo de forma educada, concisa, sem erros de Português.
De qualquer forma obrigado pela tua opinião, e continua a ler o JUP.