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Desporto

Hóquei em Patins: Águias vencem dragões e adiam a decisão para o jogo 5

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Após uma vitória avassaladora na passada quarta-feira, o Futebol Clube do Porto (FC Porto) visitou a equipa do Sport Lisboa e Benfica (SL Benfica) com a possibilidade de se tornar campeão nacional de Hóquei em Patins. Os “encarnados” tinham de fazer bem melhor, se pretendiam adiar as decisões e os festejos para a “negra”. 

Equilíbrio nos duelos 

O equilíbrio foi uma constante em toda a primeira parte. De um lado, uma equipa portista com vontade de fechar já as contas pelo título. Do outro, a equipa da “luz” queria retratar-se da má imagem deixada no último jogo e fazer valer o fator casa. 

Em boa verdade, e como era expectável, o SL Benfica estabeleceu o domínio do encontro. Nos minutos iniciais, Xavier Malián foi o responsável por manter o resultado nulo, com duas grandes defesas. Este caudal ofensivo, dos “encarnados”, apenas podia ser parado com recurso a falta. Nos primeiros cinco minutos de jogo, os “azuis e brancos” já tinham feito cinco faltas, cerca de uma infração por minuto. 

Ainda assim, à passagem dos dez minutos de jogo, o empate ainda perdurava no marcador.  Nuno Resende, treinador do SL Benfica, viu-se obrigado a pedir um desconto de tempo para acertar os pormenores, na hora da finalização. Contudo, no reatar da partida ocorreu precisamente o contrário. Gonçalo Alves abriu o marcador, após erro do último defensor “encarnado”, e colocou o FC Porto em vantagem pela primeira vez no encontro.

Este golo tornou o jogo muito mais vertical e intenso. A equipa da casa precisava de correr atrás do resultado mas, pela frente, encontraram um “gigante” Malián na baliza contrária. Já os visitantes continuavam a recorrer às faltas, para travar as ofensivas dos rivais. De facto, os “encarnados” acabaram mesmo por chegar à igualdade através de bola parada. Ao atingirem a décima falta, os “azuis e brancos” viram Carlos Nicolía cobrar um livre direto de forma exímia, batendo o guardião Malián. 

Este golo aqueceu o ambiente do pavilhão, tanto nas bancadas como dentro de campo. O próprio Nicolía, que há momentos tinha sido herói, tornou-se vilão ao ser expulso por protestos contra a arbitragem. O SL Benfica jogaria o restante tempo da primeira parte em inferioridade numérica. No entanto, o marcador não sofreu qualquer alteração. 1-1 era o resultado à ida para os balneários. 

A cobrança da bola parada

A segunda parte iniciou da mesma forma que a primeira tinha acabado. O FC Porto continuava em vantagem numérica dentro de campo e, aos três minutos de jogo, Gonçalo Alves colocou os “dragões” novamente em vantagem. Pedro Henriques, guardião “encarnado”, não conseguiu travar o potente remate que ditou o “bis” de Gonçalo na partida. 

Após outra pausa técnica, a pedido de Nuno Resende, o SL Benfica construiu uma boa jogada ofensiva, que culminou na conquista de um novo livre direto. Pablo Álvarez levou a melhor sobre Malián e restaurou o empate no marcador. Os “encarnados” tinham 100% de aproveitamento de livres diretos, até ao momento. 

O jogo começou a tomar um novo rumo quando, mesmo após um desconto de tempo, pedido por Ricardo Ares, treinador do FC Porto, as “águias” conquistaram novo livre direto que ditou a exclusão de Gonçalo Alves. Pablo Álvarez, na segunda vez que é chamado a converter, não conseguiu bater o guardião portista. Contudo, Malián acabou por derrubar o adversário, no momento da recarga e  o SL Benfica conquistou novo livre direto, que Diogo Rafael converteu de forma categórica.Pela primeira vez, os “encarnados” assumiam a liderança no marcador. 

A equipa “azul e branca” continuou em inferioridade numérica, o que permitiu a Pablo Álvarez encontrar um espaço vazio, à entrada da área, e dilatar a vantagem para 4-2. Com este golo, a equipa da casa tentou arrefecer os ânimos do encontro, o que acabou mesmo por resultar, embora o marcador ainda sofreu duas alterações. Primeiro, Xavier Barroso reduziu para os “dragões”. Contudo, o diferencial de dois golos foi reposto logo na resposta. Pol Manrubia finalizou com grande classe, após erro da formação portista. O resultado final ficou mesmo fixado nos 5-3. 

A nível individual, os guardiões estiveram em altas. Malián, do lado portista, e Pedro Henriques, do lado “encarnado”, fizeram inúmeras defesas de alto nível, que contribuíram para o espetáculo e tensão do jogo. Já a nível ofensivo, o “dragão” Gonçalo Alves esteve em grande a apontar dois golos. O mesmo se pode dizer da “águia” Pablo Álvarez, também ele com dois golos na conta pessoal. 

No rescaldo da partida, Ricardo Ares confessa que “erros” ditaram o desfecho do jogo. Embora aponte falhas no ataque portista na procura de “melhores espaços no ataque”, afirma que o próximo jogo em casa vai ditar a vitória do FC Porto graças aos adeptos e à sua “energia extra”. Já Nuno Resende, técnico “encarnado”, enalteceu a “capacidade de reação” da equipa e apelou à “lucidez”. Em perspetiva para o derradeiro jogo, afirmou que a fadiga existe em ambas as equipas e deixou rasgados elogios ao trabalho desenvolvido pelo técnico “azul e branco”. 

O próximo jogo, que ditará o campeão nacional de Hóquei em Patins, está agendado para a próxima quarta-feira, dia 29 de junho, no Dragão Arena, pelas 20h.

Artigo da autoria de Pedro Silva