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Desporto

Hóquei em Patins: FC Porto atropela Famalicense AC em casa

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Na ressaca de dois jogos alucinantes para ambos os clubes (o Futebol Clube do Porto levou a melhor sobre o União Desportiva Oliveirense após recuperar de uma desvantagem de três golos, e o Famalicense Atlético Clube deixou escapar a vitória no último minuto ao empatar a seis golos frente ao Parede Futebol Clube), os recém-promovidos tinha pela frente a árdua missão de defrontar os campeões nacionais fora de casa.

Poucas oportunidades, muita eficácia na primeira parte

A ocupar o sexto lugar na liga, o Famalicense AC até tentou justificar o seu bom começo de temporada logo de início. Treinada por Jorge Ferreira, a formação visitante entrou atrevida e ameaçou por duas vezes a baliza de Xavi Malián, ambas pelo “stick” de Hugo Costa.

Ainda assim, e apesar da bravura demonstrada nos primeiros minutos, facilmente os dragões começaram a desmontar a estratégia adversária para consumar o primeiro tento da partida. Carlo di Benedetto, o herói da última partida, foi o autor do primeiro golo após um remate cruzado matreiro que Ricardo Silva deixou escapar entre as mãos. Ao fim de quatro minutos e 45 segundos, 1-0 era o resultado exibido no placar.

Pouco depois, decorridos seis minutos e meio de jogo, o encontro voltou a agitar com lances perigosos de ambos os lados. Primeiro, e após passe magistral de Gonçalo Alves a rasgar toda a pista, Carlo di Benedetto atirou para a defesa de Ricardo Silva. Na resposta, Juan López foi rápido a chamar a atenção de Xavi Malián, que se mostrou impenetrável.

A partida não demorou a animar outra vez e, aos oito minutos e dez segundos de jogo, Telmo Pinto, a passe de Carlo di Benedetto, assinou uma finalização que teve tanto de classe como de astúcia ao ângulo superior esquerdo da baliza. Ricardo Silva, apanhado de surpresa, só foi a tempo de ver o esférico beijar as malhas. 2-0, ilustrava o marcador.

Depois desta alteração no resultado, passaram-se minutos sem oportunidades para nenhuma das equipas. Por esta altura, o FC Porto já ia gerindo o resultado enquanto o Famalicense se mostrava incapaz de ferir os “azuis e brancos”. 

Para quebrar o gelo que se tinha instaurado no ringue, apareceu Diogo Barata com perigo, aos 16 minutos e meio de jogo, isto depois de uma tentativa inconsequente e de muito longe por parte de Juan López. No entanto, o remate do jovem internacional português também não foi bem-sucedido.

Tomás Castanheira, aos 17 minutos e João Lima, aos 19, tentaram incomodar Xavi Malián, mas o internacional espanhol mostrou uma vez mais que não estava para brincadeiras e manteve-se intransponível. Aos 20 minutos, coube a Carlo di Benedetto dar resposta às ameaças contrárias, mas o desvio do francês ao passe de Rafa saiu direcionado ao poste.

Para fechar o primeiro tempo, o Famalicense registou a sua melhor ocasião. A um minuto e meio do fim, Juan López apareceu do lado direito e fez um passe com régua e esquadro para João Lima que, na cara de Xavi Malián, voltou a sair por baixo. Desta forma, os jogadores recolheram ao balneário com o marcador a registar 2-0 a favor dos dragões.

Chuva de golos nos segundos 25 minutos

Depois de um remate fraco e à figura de João Lima ainda nos primeiros 30 segundos do segundo tempo, o FC Porto chegou dos balneários determinado e com mais agressividade, muito por culpa das iniciativas iniciais de Carlo di Benedetto e Ezequiel Mena, que fizeram estremecer os visitantes do Famalicense AC.

Porém, o entusiasmo da comitiva orientada por Ricardo Ares estendeu-se para o âmbito das faltas e, aos quatro minutos e 50 segundos de jogo, Tomás Castanheira foi chamado a converter um livre direto, após cometidas 10 infrações por parte dos “azuis e brancos”. No momento da verdade, Xavi Malián voltou a superiorizar-se e trancou as portas da sua baliza a sete chaves. Passados alguns minutos, Hugo Costa finalizou de longe, mas as suas intenções foram travadas pelo homem do costume, Xavi “parede” Malián. 

Pouco depois, tempo de Gonçalo Alves aparecer na partida – aos oito minutos viu a sua “stickada” ser intercetada por Ricardo Silva e, passados 26 segundos, foi o homem escolhido para bater um livre direto, obtido após demora no reatar do jogo e respetiva décima falta do clube de Vila Nova de Famalicão. Na conversão, o melhor marcador dos dragões não desperdiçou a ocasião e disparou um autêntico canhão em direção ao canto superior direito. Estava feito o 3-0.

O 4-0 não tardou em chegar, e saiu do mesmo “stick” que o golo anterior. Aos 9 minutos e 45 segundos, Gonçalo Alves fez um movimento para dentro e testou a sua pontaria de longe. O remate revelou-se certeiro, e o internacional português aumentou para oito o número de tentos por si marcados neste campeonato.

O jogo voltou a esmorecer, e só passados cerca de quatro minutos é que voltou a haver perigo, desta feita por Gabi Silva. O guardião portista voltou a manter a balizada imaculada. 

A nove minutos do fim, mais um golo para a formação da casa. Rafa recebeu o passe de Xavi Barroso e espalhou magia no pavilhão através de um potente remate sem dar hipótese de defesa ao ângulo superior da baliza de Ricardo Silva. 5-0 era o resultado a esta altura.

Os dragões não se ficaram por aqui e aproveitaram as fragilidades dos oponentes para dilatar ainda mais a vantagem. Aos 18 minutos e 15 segundos de jogo, Rafa bisou na partida a passe de Carlo di Benedetto, que também assistiu posteriormente o prodígio português, Diogo Barata, para este fazer o seu primeiro golo de dragão ao peito na primeira divisão. 7-0 era o resultado que expressava o domínio portista.

Nos minutos finais o jogou ficou mais partido com o Famalicense em busca de minimizar os danos, mas já nada havia a fazer e o marcador não se alterou mais.

Com este resultado, o FC Porto soma agora 12 pontos ao fim de 5 jogos, enquanto o Famalicense AC se mantém com os mesmo sete pontos com que chegou ao Dragão. Na próxima jornada, os dragões voltam a receber um clube recém-promovido, desta feita, o Riba D’Ave Hóquei Clube, enquanto se adivinha uma tarefa mais complicada para os famalicenses, que terão de disputar uma partida contra o Hóquei Clube de Braga no reduto dos minhotos.

Artigo da autoria de João Pedro Pereira.