Desporto
TÉNIS: UMA NOVA ERA?
Nos últimos anos temos assistido a finais dos Grand Slam entre os considerados “Big Four” do ténis: o suíço Roger Federer, o espanhol Rafael Nadal, o britânico Andy Murray e o sérvio Novak Djokovic. No entanto, a final deste ano do US Open colocou frente-a-frente o japonês Kei Nishikori e o novo campeão, o croata Marin Čilić, encontro que ninguém esperava.
Esta dinâmica não é recente. Em janeiro, durante o Open da Austrália, Stan Wawrinka surpreendeu o mundo ao derrotar o espanhol em 4 sets, tendo também vencido o atual número 1 do ranking, Djokovic. O desempenho destes underdogs não são raros, mas esta época têm sido recorrentes.
Dos 4, o mais jovem é Andy Murray com 27 anos e o mais velho é Roger Federer com 33. Embora só tenha 2 títulos, o escocês é um dos melhores da atualidade. O suíço, recordista do Grand Slam (17), é visto como o melhor tenista de todos os tempos, conquistando também 22 ATP World Tour Masters 1000 e 6 ATP World Tour Finals, permanecendo 302 semanas como número 1 mundial. Infelizmente a idade começa a pesar, mas a sua classe é eterna. O fim da sua carreira está próximo, mas o seu legado será muito difícil de superar.
Novak Djokovic tem “aproveitado” a situação. Aos 27 anos, desde 2008 que tem imposto o seu domínio ao conquistar 7 títulos, faltando-lhe apenas Roland Garrros, torneio em que Nadal é fortíssimo. Com 9 vitórias na última década, o maiorquino apresenta no seu palmarés um total de 14 troféus.
Desde 2009 que nenhum tenista fora do “Big Four” ganhava um grande título. Juan Martín del Potro foi o último a consegui-lo e, 6 anos depois, Wawrinka e Čilić quebraram a hegemonia. De vez em quando os grandes são eliminados, mas talvez seja cedo para dizer que estamos perante uma nova era. Os próximos anos o dirão. Contudo, esta situação é excelente para tornar o desporto (ainda) mais interessante.