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Ciência e Saúde

Da Arte da (Bio)química à Vida: Serpentes, Veneno e Ciência

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Imagem: Joana Ribeiro da Silva | LAQV-REQUIMTE, FCUP

A combinação da arte com a (bio)química será imortalizada por “Serpentes — Uma Relação de Amor e Medo com a Humanidade”, uma exposição criada pelos investigadores do grupo de Bioquímica Computacional do LAQV-REQUIMTE, Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.

 

As serpentes venenosas, que são animais “simultaneamente, heróis e vilões”, serão o foco da mais recente edição da exposição Moléculas Magníficas, organizada pelo Laboratório de Bioquímica Computacional do Laboratório Associado à Química Verde (LAQV-REQUIMTE) da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP).

Essencialmente, nesta edição da exposição, as “moléculas magníficas” consistem em toxinas que podem ser encontradas no veneno de diferentes espécies de serpentes venenosas. Como tal, os investigadores deram asas à sua imaginação e, com o auxílio de ferramentas de grafismo molecular que utilizam no quotidiano, criaram representações artísticas alusivas a cada uma das moléculas selecionadas.

Além do intuito de provar que a arte e a investigação científica podem andar de mãos dadas, a comissão organizadora também pretende demonstrar ao público que as serpentes, apesar de serem potencialmente mortíferas, possuem propriedades únicas no seu veneno que são capazes de salvar vidas. Tal objetivo vai de encontro ao projeto de investigação “Veneno Assassino — Desenvolvimento de um Antídoto Universal contra o Envenenamento por Cobras” e à necessidade de reconhecer o envenenamento por mordida de cobra como uma crise de saúde pública em países em desenvolvimento.

A exposição estreou no VIII Encontro Internacional da Casa das Ciências, que teve lugar na Reitoria da Universidade de Aveiro, entre os dias 17 a 19 de julho. Como tal, os participantes deste encontro tiveram a oportunidade de serem os primeiros a vislumbrar 12 figuras artísticas criadas pelos bioquímicos computacionais.

Já no Porto, a exposição vai ter lugar no Museu de História Natural e Ciências da Universidade do Porto, no edifício da Reitoria. A inauguração será no dia 7 de novembro às 18 horas e, para além das 12 figuras artísticas, a exposição na cidade invicta contará com novas peças dos investigadores e com uma secção de fotografia em que os visitantes do museu poderão vislumbrar o mundo ofídio pela lente do fotógrafo Rupankar Bhattacharjee. Por fim, anuncia-se ainda a apresentação de quadros alusivos à evolução convergente da autoria do pintor, e biólogo da FCUP, Joaquim Filipe Faria.

Texto por Joana Silva. Revisto por Diana Cunha.

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