Artigo de Opinião
O PORTO VOLTOU
A passada jornada da Liga Portuguesa, a 11ª, trouxe aos portistas um confronto com o Rio Ave. Voltar ao Dragão, quase um mês depois, soube bem. Golear por cinco golos ainda melhor. E então ver a equipa “jogar à Porto” foi a cereja no topo do bolo.
O Porto andava à deriva. E já não era de agora. O Porto pós- Villas-Boas, Falcao, João Moutinho, Liga Europa, blá, blá, blá, andava perdido. Vítor Pereira venceu dois campeonatos, sem querer (diga-se, com paixão) e Paulo Fonseca, enfim, é melhor enterrarmos este nome de vez. O facto é que o Porto já não era o nosso Porto há muito, demasiado tempo.
No entanto, agora com Lopetegui, depois da estúpida e discutível rotação, experimentação e falsos arranques, parece (e digo parece não vá o diabo tecê-las) que o Porto voltou a ser nosso. O Porto acordou e, em vésperas de ir a Coimbra e de clássico escaldante no Dragão contra o eterno rival Benfica, acordou em boa hora.
No jogo contra o Rio Ave, do passado domingo, não houve só goleada, houve um Porto forte, pressionante, agressivo, sem medo. Houve um Porto com tudo. Houve um Porto à Porto, carago. E, repare-se, não houve assobios. O Jackson, capitão que treme em penalties e de ouvidos doridos, agora está feliz. Está ele e estamos nós.