Crónica
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Carlos Martins
Contra o Paços de Ferreira, no Dragão, o FC Porto teve a eficácia que lhe faltou em jogos anteriores. Depois da frustrante derrota na Madeira, onde desperdiçou vários golos certos, a equipa precisava de uma vitória convincente que lhe devolvesse a confiança em si própria.
Ora, nada melhor do que uma goleada à moda antiga (5-0) para mostrar ao universo azul e branco que o desaire na Madeira não passou de um mero percalço no caminho. Foram cinco golos mas podiam ter sido muitos mais, tantas foram as oportunidades de golo iminente. Ainda assim, os azuis e brancos mantêm-se a seis pontos do líder da Primeira Liga, o Benfica.
De facto, a vitória do FC Porto sobre o Paços de Ferreira foi tranquila, porque os jogadores azuis e brancos criaram condições para isso. Em vez de deixar o tempo passar, como em jogos anteriores, os portistas procuraram, desde o primeiro minuto, resolver o jogo a seu favor.
Ricardo Quaresma, com dois golos (40’ e 44’), foi o melhor em campo, numa partida em que também marcaram Jackson Martínez (29’), Herrera (46’) e Cristian Tello (83’).
Os dragões jogaram com a sua equipa habitual, com as excepções de Martins Indi (suspenso) e de Brahimi (ausente na CAN). O mago franco-argelino estará já disponível para a próxima jornada do Campeonato, depois de a Selecção da Argélia ter sido eliminada nos quartos-final da CAN.
Até ao primeiro golo do FC Porto, marcado aos 29 minutos, por Jackson Martínez, os azuis e brancos tiveram inúmeras oportunidades para marcar. Mostrando grande dinâmica ofensiva, envolvimento colectivo e trocas posicionais, os portistas desperdiçaram oportunidades através de remates de Maicon, Jackson Martínez, Tello, Herrera.
O marcador foi inaugurado aos 29’, por intermédio do “suspeito do costume”, Jackson Martínez. O colombiano aproveitou um cruzamento de Alex Sandro (e a saída em falso do guarda-redes Defendi) para empurrar a bola para a baliza.
Nos últimos cinco minutos da primeira parte, os azuis e brancos decidiram o jogo, através de dois golos de Ricardo Quaresma. O primeiro, aos 40’, na marcação de uma grande penalidade, após derrube de Hélder Lopes sobre Jackson Martínez. Logo a seguir, aos 44’, o momento da noite: um extraordinário remate de trivela de Quaresma, a deixar os adeptos em êxtase.
Com o resultado em 3-0 ao intervalo, o FC Porto entrou para a segunda parte novamente a marcar: aos 46’, Herrera aproveitou um passe de bandeja de Jackson e encostou para a baliza.
Sem abrandar o ritmo, os portistas continuaram à procura de aumentar a vantagem. Neste período, Óliver Torres e Jackson Martínez desperdiçaram duas excelentes oportunidades de golo, apesar de estarem isolados frente ao guarda-redes.
Aos 70 minutos, o melhor jogador em campo, Ricardo Quaresma, saiu do relvado sob um intenso aplauso dos adeptos portistas, dando o seu lugar a Quintero.
Já depois da expulsão do pacense Romeu, por acumulação de cartões amarelos, o FC Porto chegou ao quinto golo. O seu autor foi Tello, que, aos 83’, cobrou de forma exemplar um livre directo, à entrada da área. Uma mão cheia de golos para o FC Porto!
Quanto ao Paços de Ferreira, o melhor que fez em toda a partida foi um remate à trave do costa-marfinense Seri, aos 48 minutos. Foi pouco, muito pouco para uma equipa que, na jornada anterior, conseguiu a proeza de derrotar o líder do Campeonato…
