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Cultura

ERVA DANINHA: HÁ NOVO CIRCO NO PORTO!

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A Erva Daninha é atualmente uma das 8 companhias em residência artística no Teatro Municipal do Campo Alegre. Após um longo período como habitante da Fábrica da Rua da Alegria, um espaço cedido pela Escola Superior de Música das Artes e do Espectáculo (ESMAE/IPP-Porto), o grupo mudou-se para o teatro.

Julieta Guimarães, directora da Erva, assume que é muito importante o destaque que estão a dar ao circo no Porto: “Finalmente estamos nos mesmos palcos que o teatro e a dança e somos tratados como iguais”.

O trajeto desta arte é ainda muitas vezes um caminho difícil e empedrado, em vez de fácil e simples como seria de se esperar. Contudo, esta companhia, que se dedica ao às artes circenses desde 2008, tem-se mostrado uma erva daninha das difíceis de fazer desaparecer. Possui mais de 10 espectáculos no cardápio, tem estado presente em todas as actividades de rua da organização da Porto Lazer, já efectuou exibições em vários pontos do país e tem vários projectos aprazados.

Julieta salienta que “só estamos onde estamos, sem financiamento público, graças à dedicação e amizade de muitas pessoas. Quando lhe pedimos para nos falar sobre a sua companhia descreve-nos que “a Erva Daninha é o resultado entre o encontro entre criadores de circo, teatro e dança. Este cruzamento traz a vontade de explorar novas formas de fazer circo muito graças à dedicação do Vasco Gomes à direção artística. Recusamos as antigas formas de fazer e apresentar circo e queremos à semelhança do teatro e da dança; comunicar, ser originais, explorar”.

No espaço da Erva Daninha, muito convidativo à prática, são oferecidas formações com “aulas regulares de técnicas de circo dirigidas a profissionais, aficionados ou curiosos”. Às terças-feiras das 19h às 21h, as aulas são de aéreos (trapézio e tecido vertical), enquanto às quartas-feiras pela mesma hora, de malabarismo (massas, bolas, argolas, etc). Também semanalmente, às segundas-feiras, proporcionam os “encontros de circo” no mesmo local, onde os presentes podem, de forma gratuita, partilhar conhecimentos e explorar novas técnicas, um ponto-chave para a aprendizagem e evolução desta arte.

Nove’s fora” é a mais recente apresentação da companhia. Estreado em Outubro e apresentado na última semana nos Claustros do Mosteiro de São Bento da Vitória, o espectáculo procura uma conexão entre a matemática e as artes performativas. Nesta co-produção entre o Teatro Nacional São João e o Teatro Viriato, exploram-se as formas geométricas, os sólidos, as quantidades, os pesos. Há até mesmo cheiro a laranjada por entre a seriedade e gargalhadas, luz teatral e interpretação poética. A linguagem numérica dos malabares soma-se aos equilíbrios na tábua, assim como aos ritmos e velocidades que entram também nesta equação.

Ainda esta semana, desde terça até sábado, a companhia voltou a sentir o “fumo branco da Locomotiva” (depois de “Perto do Chão” apresentado também no passado dia 28), envolvendo a arte circense e a Rua da Madeira num “Open Lab” gratuito para partilha de experiências e saberes entre os participantes.

Depois de tudo isto, a companhia vai descansar para recuperar folgo? A resposta é não, o trabalho não pára. Segunda-feira começam com um novo projecto de rua apoiado pela Porto Lazer. “Algures” estreia a 16 de Maio e é mais uma atividade pertencente à Locomotiva que promete deliciar todos presentes.

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