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Educação

ECONOMIA AMBIENTAL: UMA FORMA DE (NOS) POUPAR

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Nascida da preocupação ambiental, a Economia do Ambiente foi o tema que originou o simpósio “Poupar com o Ambiente”, organizado pelo NEBUP. Um ramo da economia que junta dois conceitos económicos, o capital e o trabalho, e os recursos naturais, ao mesmo tempo que avalia as limitações do ambiente e o impacto que as actividades de produção com valor económico têm no ecossistema.

Um simpósio que, aliado à promoção do projecto Ecoinside (uma plataforma de gestão da ecoeficiência das empresas), teve como objectivo a sensibilização das pessoas para o tema, esclarecendo ainda como é que o ambiente e a economia se relacionam e como se podem mudar hábitos, como frisou Paulo Santos, presidente do Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens (FAPAS), “o importante é alterar comportamentos (…) e no futuro não sermos tão prejudicados com as nossas opções”, uma vez que estas duas áreas andarão sempre de mãos dadas, para o bem e para o mal.

“Poupar mais” foi uma oportunidade para chamar a atenção das pessoas, uma oportunidade para mostrar que, embora os países estejam condicionados nas suas acções ambientais, pois a globalização não deixa grande espaço, isso “não condicionará (…) a opção dos cidadãos”, acrescenta o Presidente do FAPAS.

Qual a relação do ambiente com tecnologia? Paulo Santos explica, dizendo que vários produtos tecnológicos “nunca foram testados, por exemplo, sobre se nos fazem mal [causando] doença, alergias (…) sobretudo quando são utilizados em países onde não há uma regulação” a nível ambiental. E, ainda que haja soluções biotecnológicas, como o caso da fitorremediação e biorremediação (áreas que utilizam as plantas ou outros seres vivos, como algas e fungos, para redução ou remoção de organismos poluentes no solo e na água, utilizando o “ambiente para o ambiente”), áreas de estudo da investigadora Marisa Almeida, do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR), o custo acarretado dificulta a implementação das novas técnicas existentes.

Para Paulo Magalhães, da Quercus, é difícil atribuir uma entidade responsável pelo meio ambiente, pois, quando se fala em questões jurídicas ambientais, apenas se atribui valor económico aos recursos já explorados, como a madeira, mas não o dióxido de carbono produzido.

Encontros como o simpósio “Poupar com o Ambiente” funcionam como ponto de partida para uma reflexão que pretende perceber “como dar valor económico ao ambiente para que a economia e o consumo fiquem alerta”, pois, neste momento, “o ambiente é como a cultura, é posto de lado”.

E fica a dica, dia 17 e 18 de Maio, o FAPAS organiza as XV Jornadas Nacionais de Conservação da Natureza e Educação Ambiental.

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