A minha mãe chama-se Natércia. Na escola, era sempre uma gargalhada quando eu dizia o seu nome tão invulgar, tão esdrúxulo, e, por isso, tão difícil...
Presença angelical de longos cachos dourados Que surge por dentre o orvalho do amanhecer De harmoniosa voz, aquece o coração dos apaixonados Guardião dos céus e...
Cansado… consumido pelo tempo Deitado sobre o areal da memória Despojado de vida, amargo e pálido Agora espectador da sua própria história. Neste intermitente e...
Parei de escrever poesia. Não sei exatamente como ou quando, contudo, só percebi hoje ao receber um e-mail da Associação de Estudantes da faculdade nos convidando...
Qual foi o papel da escrita durante o teu crescimento? Se me ponho a pensar como e quando escrevo, noto que me proponho a fazer um...
Tangerina branca O cavalo branco não queria Cavalgar por estímulo manual E nunca pediu quatro ferraduras bem duras Mas não se queixa o relinchar vem...
1. Procurei o gesto animal no teu nome, um qualquer resquício de sangue e nervos. Prouvesse nele uma margem – ou antes a confluência de nossos...
Eduardo Quina tem como poema número 14 da obra “Sombras mortas entre os dedos”: “talvez a eternidade seja isto: regressar sempre aos mesmos lugares. há um...
Consideras que nasceste poeta e que te tornaste jornalista? Nós nascemos pessoas, com uma certa ingenuidade e já nascemos criativos com certos aspetos predispostos. Depois, o...
És água que corre sentimento não parado movimento dilacerante. Vibração de nada mistério intocável pelos olhos de poesia. Ouves o inaudível que sobra do entardecer....
E agora, humano? A si se revelou, o escuro pairou, sozinho, sumiu, no frio acanhou, E agora, humano? E agora, nós? Nós que somos sem nome,...
Falas para mim e eu respondo, Às vezes é como se não falasses, Ou é como se já soubesse a resposta, À pergunta, À afirmação, À...