Política
Atleta norte-americana condenada a 9 anos de prisão na Rússia
A basquetebolista norte americana Brittney Griner foi sentenciada a 9 anos de prisão por tráfico de drogas. Conheceu a pena em Moscovo, cidade na qual foi detida a 17 de fevereiro de 2022.
As autoridades aduaneiras descobriram óleo de canábis na mala de Griner quando a jogadora chegou ao aeroporto de Moscovo. A atleta preparava-se para jogar na liga de basquetebol russa durante a off season da WNBA.
Uma semana depois da detenção a Rússia invadiu a Ucrânia. O ataque isolou os russos do panorama diplomático internacional . Griner começou a ser negociada com o governo norte americano no âmbito de uma troca de prisioneiros.
Brittney Griner tinha confessado o transporte de dois vaporizadores com óleo de canábis para território russo, combate agora o veredito. A equipa legal da atleta argumenta que a detenção no aeroporto foi ilegal, por não ter ocorrido na presença de um advogado. A defesa alega ainda que Griner testemunhou sem qualquer explicação dos direitos que tinha sob custódia da polícia.
A advogada de Griner, Maria Blagovolina, afirma ainda que a atleta estava ciente das leis russas e não tinha qualquer intenção de trazer a substância para o país.
A defesa explicou que a jogadora estaria com pressa e que fez a mala sobre stress. A advogada confirmou ainda que a Griner é detentora de uma receita médica para canábis medicinal, que utiliza para tratar dores no joelho e inflamação das articulações. No entanto estes apelos não surtiram o efeito desejado tendo a basquetebolista sido sentenciada a quase a pena máxima: 9 dos 10 anos possíveis.
Sob pressão pública para assegurar a libertação da atleta, a administração Biden tentou negociar a libertação com o Kremlin, assim como de outro americano preso, Paul Whelan. Todavia, a Rússia disse que qualquer potencial acordo teria de esperar até depois do veredicto final do tribunal.
Nos EUA, as demonstração de apoio dos pares da jogadora tem sido constante, com as atletas a fazerem declarações públicas e a utilizarem as iniciais de Brittney Griner nos equipamentos durante os jogos da WNBA.
No dia 5 de agosto, os comissários da WNBA e NBA classificaram o veredito como “injustificado e infeliz, mas não inesperado”. Fãs, colegas e organizações humanitárias apelam ao governo norte americano por uma resolução rápida do caso de Griner.
Artigo da autoria de Luís Jacques de Sousa. Revisto por Filipe Pereira