Política
Atleta norte-americana condenada a 9 anos de prisão na Rússia
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Griner, de 31 anos, é considerada umas das melhores basquetebolistas da atualidade Autor: Lorie Shaull
A basquetebolista norte americana Brittney Griner foi sentenciada a 9 anos de prisão por tráfico de drogas. Conheceu a pena em Moscovo, cidade na qual foi detida a 17 de fevereiro de 2022.
As autoridades aduaneiras descobriram óleo de canábis na mala de Griner quando a jogadora chegou ao aeroporto de Moscovo. A atleta preparava-se para jogar na liga de basquetebol russa durante a off season da WNBA.
Uma semana depois da detenção a Rússia invadiu a Ucrânia. O ataque isolou os russos do panorama diplomático internacional . Griner começou a ser negociada com o governo norte americano no âmbito de uma troca de prisioneiros.
Brittney Griner tinha confessado o transporte de dois vaporizadores com óleo de canábis para território russo, combate agora o veredito. A equipa legal da atleta argumenta que a detenção no aeroporto foi ilegal, por não ter ocorrido na presença de um advogado. A defesa alega ainda que Griner testemunhou sem qualquer explicação dos direitos que tinha sob custódia da polícia.
A advogada de Griner, Maria Blagovolina, afirma ainda que a atleta estava ciente das leis russas e não tinha qualquer intenção de trazer a substância para o país.
A defesa explicou que a jogadora estaria com pressa e que fez a mala sobre stress. A advogada confirmou ainda que a Griner é detentora de uma receita médica para canábis medicinal, que utiliza para tratar dores no joelho e inflamação das articulações. No entanto estes apelos não surtiram o efeito desejado tendo a basquetebolista sido sentenciada a quase a pena máxima: 9 dos 10 anos possíveis.
Sob pressão pública para assegurar a libertação da atleta, a administração Biden tentou negociar a libertação com o Kremlin, assim como de outro americano preso, Paul Whelan. Todavia, a Rússia disse que qualquer potencial acordo teria de esperar até depois do veredicto final do tribunal.
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A estrela de basquetebol não é estranha das mais altas figuras politicas norte americanas. Nesta fotografia vista com Nancy Pelosi aquando da elaboração do Equality Act Fonte: Speaker Office of Nancy Pelosi)
Nos EUA, as demonstração de apoio dos pares da jogadora tem sido constante, com as atletas a fazerem declarações públicas e a utilizarem as iniciais de Brittney Griner nos equipamentos durante os jogos da WNBA.
No dia 5 de agosto, os comissários da WNBA e NBA classificaram o veredito como “injustificado e infeliz, mas não inesperado”. Fãs, colegas e organizações humanitárias apelam ao governo norte americano por uma resolução rápida do caso de Griner.
Artigo da autoria de Luís Jacques de Sousa. Revisto por Filipe Pereira
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