Ciência e Saúde

MELHORES DA CIÊNCIA MARCAM PRESENÇA NA INVICTA

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Fonte: tecnico.ulisboa.pt

A cidade do Porto tem recebido investigadores de renome, nomeadamente na área das ciências. Em julho deste ano, reuniram especialistas em Química Medicinal de toda a Europa. Entre 31 de março e 5 de abril do próximo ano, a Universidade do Porto acolhe a final mundial do International Collegiate Programming Contest, uma competição de programação informática para estudantes, a decorrer na Alfândega do Porto.

O JUP recorda o evento que reuniu investigadores de Química Medicinal na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Com organização dos membros Portuenses, incluíndo a Professora Fernanda Borges (FCUP), o evento contou com participantes de toda a Europa e foi uma oportunidade para acolher novos elementos.

À semelhança do que aconteceu em anos anteriores, o encontro teve espaço para divulgar a investigação científica dos membros, assim como para apresentar estudos conferentes ao grau de Doutoramento Europeu dos novos elementos. Mais do que isso, o evento é já por tradição um encontro entre colegas e um local para os mais recentes membros estabelecerem parcerias de investigação e trocarem ideias com especialistas mundiais.

“Tenho muito gosto em participar neste encontros, primeiro pela componente científica, pelos trabalhos muito interessantes na selectividade de algumas enzimas importantes nas doenças neurodegenerativas,  e depois pela pessoal. São sempre oportunidades para rever conhecidos e amigos e estabelecer colaborações internacionais”.

Para Ryan Kruschel, da Universidade de Cork, as expectativas eram elevadas, não só por ser a primeira vez no encontro assim como pelo número e qualidade das apresentações Já para Maria João Matos, investigadora na Universidade de Cambridge licenciada pela FFUP e keynote speaker, o seu número de participações não retira o interesse nestes eventos: “Tenho muito gosto em participar neste encontros, primeiro pela componente científica, pelos trabalhos muito interessantes na selectividade de algumas enzimas importantes nas doenças neurodegenerativas,  e depois pela pessoal. São sempre oportunidades para rever conhecidos e amigos e estabelecer colaborações internacionais”.

O programa deste ano incluiu, nesse sentido, 20 apresentações orais, das quais seis pelos recém-graduados, seis apresentações por oradores principais e apresentação de posters, mas também uma visita ao Palácio da Bolsa seguida de uma visita ao Douro.

Nas apresentações em destaque foram abordados tópicos como factores químicos de risco no efluxo de xenobióticos, químicos exógenos e perigosos aos organismos (Fernando Remião, da Faculdade de Farmácia), formas inovadoras de modificar proteínas, permitindo novos tratamentos para o HIV-Sida ou o cancro (Maria João Matos, da Universidade de Cambridge), formas de melhorar tratamentos da doença de Parkinson através de químicos secundários (László Kiss, da Bial em Portugal), novos testes para a toxicidade de alguns medicamentos nas mitocôndrias, os organelos responsáveis por fornecer energia às células (Paulo Oliveira, da Universidade de Coimbra) e formas de inibir o catabolismo de uma amina, reacção correlacionada com o avanço do Alzheimer (Elias Maccioni, da Universidade de Cagliari).

“as razões essenciais para o envolvimento de instituições e investigadores em actividades de promoção e disseminação da ciência, com evidentes benefícios sociais, culturais e políticos.”

Por outro lado, e num claro ponto de inovação,  houve também lugar para uma apresentação sobre divulgação científica.  Joana Lobo Antunes apresentou o seu trabalho de divulgação científica no departamento de comunicação do ITQB da Universidade Nova, tendo terminado com um momento participado de questões e debate. Nas suas palavras, foi uma boa oportunidade para expor “as razões essenciais para o envolvimento de instituições e investigadores em actividades de promoção e disseminação da ciência, com evidentes benefícios sociais, culturais e políticos.”

O balanço dos participantes e da organização foi, sem exceção, positivo.  Para Maria João Matos, destacou-se a multidisciplinariedade de todos os trabalhos, a interação entre os diferentes grupos de investigação, a qualidade e o interesse como os trabalhos foram apresentados, especialmente dos estudantes, permitindo mostrar como é “importante estarmos juntos para fazer mais visível a química médica e medicinal na Europa.”

Já para Fernanda Borges, directora da comissão organizadora e Professora Catedrática da FCUP, a adesão e participação dos membros foi de elevado nível, mesmo tendo em conta o não financiamento destas. Por fim, a discussão sobre a importância de divulgar a Ciência foi uma inovação muito apreciada, tendo o evento terminado com “uma mensagem clara para as Universidades introduzirem nos seus currículos Ciências da Comunicação”.

A rede Europeia de Química Medicinal de Paul Ehrlich foi fundada em 2009 em homenagem ao hematologista alemão, considerado o inventor do primeiro medicamento selectivo. Reunindo cerca de 50 universidades de toda a Europa, tem objectivo de promover o intercâmbio entre estudantes e doutorados e gerar sinergias com as empresas e indústrias  da área.

As candidaturas para o certificado Doutoral Europeu são abertas todos os anos, sendo os candidatos autores de dois artigos originais numa revista científica internacional. Os candidatos devem ter experiência de mobilidade internacional e presença em um ou mais seminários da própria rede.

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