Ciência e Saúde

INVESTIGAÇÃO “MADE IN PORTO”: QUEM MAIS MARCOU ESTE ANO

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Durante o ano de 2018, foram muitos os investigadores das várias unidades de investigação portuenses premiados. Prémios e distinções nacionais e internacionais são uma mais-valia para todos os investigadores em diversas áreas, pois contribuem para melhor divulgar o seu trabalho. A biomedicina foi o tema mais falado durante o ano, mas investigadores de outras áreas também deram o seu contributo para o avanço científico e foram distinguidos a nível internacional.

Na área da oncobiologia, Maria Inês Almeida e a sua equipa, pertencentes ao grupo Microenvironments for New Therapies do I3S (Instituto de Investigação e Inovação em Saúde), tiveram o seu projeto premiado pela Multiple Myeloma Research Scholarship. O projeto tem por objetivo o desenvolvimento de novas técnicas de diagnóstico e terapia para lesões ósseas em mieloma múltiplo.

Acerca do cancro pancreático, Sónia Melo, vencedora da Medalha de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência em 2015, e a sua equipa, também do I3S, foram premiadas na edição deste ano do Prémio FAZ Ciência, atríbuído pela AstraZeneca e pela Sociedade Portuguesa de Oncologia pelo projeto “Making immunotherapy a reality for patients with pancreatic cancer“. 

No estudo do cancro gástrico, a investigadora Céu Figueiredo (I3S) recebeu, em conjunto com a sua equipa, o Prémio Pfizer 2018 na área da Investigação Clínica. O trabalho, publicado na revista científica Gut, visava a compreensão da relação entre as bactérias que colonizam o estômago humano e o desenvolvimento de cancro estomacal.

Maria Inês Almeida estudou o diagnóstico e tratamento de lesões ósseas em mieloma múltiplo. Fonte: JornalismoPortoNet.

Em imunologia, foram também diversos os grupos que se distinguiram. No CINTESIS, Ana Luísa Neves, foi distinguida com um prémio de inovação na IDEA INCUBATOR pelo protótipo que desenvolveu para rastreio de diversas doenças infeciosas. O Momoby tem como alvo as populações isoladas de países em vias de desenvolvimento, pois permite o rastreio de diversas doenças infeciosas durante a gestação e em tempo real. Também o grupo Thymus Development and Function do I3S foi distinguido na décima edição do Crioestaminal Prize in Biomedical Research. O trabalho distinguido tem como objetivo o estudo do timo, um órgão com função importante na resposta imune.

Na área da genética, a Amyloidosis Foundation premiou Alexandra Silva (do grupo Biomolecular Structure & Function do I3S) pelo seu projeto no desenvolvimento de terapias para a doença de Machado-Joseph, muito frequente em Portugal (em particular, nos Açores).

Em neurobiologia, investigadores de um grupo liderado por Joana Caldeira (I3S) foram premiados pela Sociedade Europeia da Coluna por um trabalho que visa o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas para a dor lombar despoletada pela degeneração do disco intervertebral.

Em patologia, o Immunology, Cancer & GlycoMedicine, liderado por Salomé Pinho, recebeu financiamento da Organização Internacional para o Estudo das Doenças Inflamatórias Intestinais para o estudo das causas da Doença Inflamatória Intestinal. Esta foi a primeira vez que a distinção foi atribuída a um grupo português.

Numa vertente ambiental, o projeto SpilLess, coordernado por diversos investigadores do CIIMAR (Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental) foi distinguido com o Atlantic Project Award 2018 na categoria do empreendedorismo e inovação. O SpilLess foca-se no desenvolvimento de produtos para remoção de contaminantes derivados de derrames petrolíferos.

A engenharia dos materiais também trouxe prémios para a Invicta durante este ano, com os investigadores Francisco Galindo Rosales e Laura Campo Deaño, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), a verem distinguida sua tecnologia, a RheinforceRheinforce é um compósito que tem o potencial de modificar as propriedades amortecedoras de diferentes materiais, como a cortiça, o silicone ou a borracha e foi distinguido com um Prémio de Inovação na AuxDefense 2018, uma conferência internacional de materiais avançados para a defesa.

A área das ciências do desporto foi também premiada na EIT Health StarShip. Hernâni Zão Oliveira faz parte da equipa que foi distinguida pela conceção de uma plataforma que visa prevenir lesões em atletas.

Por fim, a título individual, este foi também o ano de Fátima Carneiro, do Centro Hospitalar São João, que foi eleita a patologista mais influente do mundo pela revista científica The Pathologist, de Margarida Carvalho (FCUP), premiada pela sua tese de doutoramento com o EURO Doctoral Dissertation Award, de Adão da Fonseca, professor na FEUP que recebeu um prémio mundial de engenharia civil e de Manuel Sobrinho Simões (fundador e diretor do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto) que, já distinguido por inúmeros prémios, este ano venceu o Prémio Gago em Política Científica Europeia.

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