Ciência e Saúde
Boa condição física pode diminuir risco de Alzheimer
Um estudo preliminar desenvolvido por investigadores da Washington VA Medical Center sobre doença de Alzheimer, publicado no dia 27 de Fevereiro de 2022, concluiu que indivíduos com melhor condição física apresentam menor risco de desenvolver esta doença.
Este estudo avaliou cerca de 650 000 militares veteranos saudáveis com idade média aproximada de 60 anos. Os participantes foram divididos em vários grupos de acordo com a sua condição física – do menos apto para o mais apto. O grupo menos apto desenvolveu Alzheimer numa taxa de 9,5 casos por 1 000 pessoas-ano, em comparação com 6,4 casos por 1 000 pessoas-ano no grupo mais apto. Ou seja, a taxa de diagnósticos diminuiu com o aumento da capacidade física. Verificou-se que indivíduos do grupo mais apto apresentaram cerca de 33% menos probabilidade de desenvolver a doença de Alzheimer face ao grupo menos apto.
O autor do estudo e membro da Academia Americana de Neurologia, Edward Zamrini, afirma “Uma descoberta empolgante deste estudo é que à medida que a aptidão das pessoas melhora, o risco de doença de Alzheimer diminui”. Reforça ainda que “A ideia de redução do risco de Alzheimer com o simples aumento da atividade física é promissora, especialmente porque não há tratamentos adequados para prevenir ou interromper a progressão da doença”.
A Doença de Alzheimer é uma patologia neurodegenerativa e representa a forma mais comum de demência, constituindo cerca de 50% a 70% do total de casos. É responsável pela deterioração progressiva de funções cognitivas, tais como a memória, linguagem e comportamento. Até à data não existe cura para o Alzheimer. Ao comprovar-se o seu papel promissor, a atividade física pode ser a chave para a prevenção desta doença capaz de afetar severamente a qualidade de vida e capacidade funcional dos doentes.
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Texto por Sara Tainha. Revisto por Maria Teresa Martins.