Ciência e Saúde
GADGETS: NOVEMBRO
Google driverless car
A ideia de carros sem condutor não é nova, mas para passar de uma não-tão-simples ideia, para veículos capazes de andar numa cidade como Nova Iorque, foram precisos alguns anos. Em 2005, foi desvendado pela Google aquilo que era o seu protótipo para um carro completamente autónomo. Nesse mesmo ano, venceram o DARPA Grand Challenge, uma competição para carros sem condutor organizada pelo departamento da defesa dos E.U.A.
Desde o surgimento deste e de outros carros, fizeram-se vários estudos para esclarecer as questões de segurança rodoviária de carros driverless versus os tradicionais carros com condutor. Tem havido consenso quanto ao veredicto: robôs a conduzir equivalem a melhor e mais segura condução. Segundo a Google, nas estradas da Califórnia e do Nevada, os seus carros mostraram maior eficiência a manter distâncias de segurança e a gerir de forma eficaz a velocidade, quando comparados com as prestações de pilotos profissionais.
Atualmente, os carros Google circulam em várias cidades dos E.U.A. Na sua grande maioria, movidos a eletricidade. A proliferação por todo o país tem sido demorosa, consequência das leis de vários estados que exigem um condutor para cada carro. Estima-se que estejam disponíveis ao público em 2020.
Em seis anos de testes urbanos, os carros Google estiveram envolvidos em catorze acidentes, todos eles causados por condutores humanos.
Nest Thermostat
Numa altura em que as preocupações ambientais nunca foram tão altas, procuram-se formas de poupar energia, não só pela proteção do planeta mas também pela vertente económica.
Uma das funções em que muita energia é despendida prende-se com a regulação da temperatura ambiente. Seja a torná-la fria no verão ou quente no inverno, é difícil passar longos períodos de tempo sem gastar energia numa ventoinha, aquecedor, ou outro aparelho do género.
É neste aspecto que Nest se propõe a revolucionar a indústria. Trata-se de um termostato tátil, com um design pouco usual que, de certa forma, lembra HAL de 2001 Uma Odisseia no Espaço.
Basta uma semana de utilização regular para o dispositivo perceber as preferências do utilizador. Findo esse período, Nest regulará a temperatura sozinho, adaptando-se à estação do ano, à presença de pessoas na casa e às condições meteorológicas do dia. Se o utilizador fizer uma gestão eficiente da energia, no ecrã do termostato será apresentado um ícone representativo disso mesmo, uma espécie de medalha.
Outro dos aspetos que distinguem este aparelho é a sua capacidade de poder ser controlado através de uma app para smartphone em qualquer local, permitindo ao utilizador aquecer ou arrefecer a casa a seu gosto mesmo não estando lá.
Neste momento, Nest apenas é comercializado nos E.U.A., mas chega à Europa brevemente. O seu preço ronda os 223 euros.
Drones
Passaram de objeto estranho no céu para uma visão comum. Nos últimos anos tem-se visto uma verdadeira explosão no mercado dos veículos aéreos não tripulados, que se deve em grande parte à redução do seu custo e às vantagens únicas que oferecem.
Existe nos drones um elevado potencial que abrange várias áreas, desde a fotografia e vídeo, com a possibilidade de capturar imagens de ângulos que de outra maneira seriam impossíveis, às aplicações militares, na detecção de bombas e outros potenciais riscos, passando pela prevenção de incêndios.
Prevêem-se ainda mais funcionalidades para estes dispositivos, nomeadamente a aplicação de sonares, que passam a permitir a circulação em locais com muitos obstáculos, tais como florestas.
Um dos principais problemas destes gadgets é a curta duração da sua bateria, que dificilmente excede os vinte minutos. De momento, contraria-se essa adversidade com baterias de reserva, no entanto, estima-se que no futuro tal prática se torne obsoleta.
Um dos obstáculos que estes aparelhos têm encontrado é a sua interdição em certas zonas turísticas sob alegações de violação de privacidade. Acredita-se que no futuro haja uma flexibilização dessas leis, em grande parte devido ao crescente número de “pilotos de drones”, que há muito deixaram de ser pessoal especializado.
A gama de preços, dependendo das funcionalidades, qualidade da câmara ou duração de bateria, varia entre os 25 e 3000 euros.
Filtros de água Pure
Nos países mais pobres, nomeadamente do continente africano, muitas vezes o acesso a materiais primários e essenciais à vida humana é muito limitado. Exemplo disso é a dificuldade de acesso a água limpa, livre de doenças e impurezas. Todos os anos são registadas milhões de mortes relacionadas com doenças contraídas pela ingestão de água contaminada, como a cólera, a disenteria e a febre tifóide.
Ao longo dos anos, têm-se criado formas de combater esta ingestão de água contaminada, nomeadamente através da aplicação de pequenos purificadores portáteis como o Lifestraw, bastante conhecida desde 2005. Com o passar dos anos têm surgido mais utensílios do género, um deles é o filtro de água Pure.
Numa viagem pela Zâmbia, Timothy Whitehead testemunhou um processo de purificação de água que o preocupou bastante. Consistia na utilização de doses muito elevadas de iodo e cloro, num processo que demorava cerca de meia hora. A água daí resultante podia ser pura mas tinha um sabor bastante desagradável.
Inspirado em fornecer uma alternativa, criou a Pure Water Bottle, um aparelho capaz de filtrar água em dois minutos usando uma combinação de quatro filtros diferentes e um sistema de luz ultravioleta. Esta combinação remove aproximadamente 99.9% de todas as impurezas e afirma-se como mais uma opção para a purificação rápida e barata de água. Tecnologias como esta asseguram uma melhor qualidade de vida para os seus utilizadores e permitem reduzir o número de casos de várias doenças.