Ciência e Saúde
REGISTO ONCOLÓGICO NACIONAL: DOENTES TÊM PRIVACIDADE GARANTIDA
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Segundo Fernando Araújo, vai ser encontrada uma solução técnica que respeite as recomendações da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD). O objetivo é garantir a privacidade dos pacientes. “Temos a certeza de que iremos encontrar a melhor solução técnica que garanta a segurança dos dados, mas que não ponha em causa um bem que é essencial: tratar melhor os doentes oncológicos”, referiu ontem o governante numa visita à Unidade de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) de Paredes de Coura, recém-inaugurada.
O dirigente refere ainda que “já existem registos oncológicos regionais, devidamente autorizados pela CNPD e que funcionam há muitos anos”. “Este Registo visa integrar estes vários registos oncológicos regionais num único, com o mesmo tipo de informação e, portanto, mais do que criar algo de novo, visa integrar o já existente”, acrescenta.
Em declarações à LUSA, também o coordenador do Programa Nacional das Doenças Oncológicas, Nuno Miranda, garante que os bancos e as seguradoras não terão acesso ao RON. “É crime” se tal acontecer, lembra o responsável.
O objetivo do Registo Oncológico Nacional é agregar informação sobre todos os tipos de neoplasias – tumores – existentes em Portugal. Em concreto, o registo reúne dados sobre os locais onde se verifica maior incidência, as populações de risco, a efetividade dos rastreios, o impacto dos novos fármacos e a abordagem cirúrgica/radioterapia/quimioterapia com melhores resultados, diz o Ministério da Saúde em comunicado.
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