Crítica

“VAI LÁ VAI, QUE ATÉ A CAVE 45 ABANA!”

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Quem ousou transpor a escadaria da Cave 45 no sábado passado teve, sem dúvida, um fim-de-semana inesquecível. Os alongamentos ficaram ao encargo dos Big Red Panda e dos Astrodome, que demostraram o bom estado do stoner português. Como manda a tradição dos seus concertos, ambas as bandas foram responsáveis por uma onda de headbanging massiva: de resto, não se podia pedir melhor ventilação do que esta, provocada pelos longos cabelos da grande maioria do público.

Atualmente um quarteto, os Greenleaf formaram-se em meados do ano 2000, na Suécia, terra natal de bandas como Beardfish e Soen. Vindos da Suíça, Portugal foi a 15ª paragem da sua tour europeia – primeiro Cascais, e depois o Porto.

Já bem passada a meia-noite, foi tempo de a banda mais esperada da noite descer ao palco. Com um novo baixista, tocaram essencialmente músicas do seu álbum de 2014: Trails & Passes. O baixo potente, a bateria vigorosa e a guitarra experiente acompanharam o vocalista, que soube pôr o público ao rubro. O resultado manifestou-se num mosh grandioso. Enquanto os ânimos aqueciam, voavam refrescantes copos de cerveja, uma forma arcaica, mas inteligente de manter a temperatura agradável!

No final da noite, a Cave 45 ainda estava inteira e o público pode regressar ao rés-do-chão com a certeza de que havia assistido a três bandas que, independentemente das suas diferenças, trouxeram stoner de mais alto nível.

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