Cultura

VODAFONE FM FESTEJA O SEU 5º ANIVERSÁRIO COM MÚSICA PORTUGUESA

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Pelas 21h, Joaquim Quadros dá início à emissão em direto do 5º aniversário da Vodafone FM. A voz torna-se familiar para quem é um usual ouvinte desta estação. O público começa, assim, a ambientar-se ao espaço, apoderando-se da extensão da sala.

Os 800 Gondomar sobem ao palco e a sala compõe-se. De copo na mão, mais pessoas começam a chegar, aproximando-se do palco, curiosos com o que seria aquela noite de concertos. Os 800 Gondomar trouxeram consigo o rock de garagem. Com letras e música explosivas, a banda de Rio Tinto deixa tudo em palco e convida também o público a libertar-se de negativismos e emoções dispersas. No fim, toda a sala ficou contagiada com a energia frenética destes jovens que mais não queriam do que tocar música e partilhar com todos sentimentos, ainda que difíceis de definir.

Os segundos a entrar em palco foram Galgo.  Para alguns a surpresa da noite, a banda de Oeiras abriu em grande a pista de dança. Revelaram-se uma verdadeira obra prima eclética da música, misturando num só tema batidas pop com uma sonoridade progressiva e alternativa. Surpreendiam, a cada segundo, com novos sons que fizeram até os mais desinibidos dançarem entre moves excêntricos e talvez psicadélicos. Cada tema apresentado representava uma viagem diferente a um mundo que assumia proporções tão distintas mas ao mesmo tempo tão semelhantes. O instrumental foi a sua grande aposta, com uma voz que, de longe a longe, ecoou na sala do Hard Club.

A noite vai a meio e está na hora de El Salvador, junto de alguns dos seus parceiros “capitães”, subir ao palco. “Vamos tocar umas músicas calminhas”, diz Salvador Seabra, agora num novo registo: não com a sua bateria a que estamos habituados, mas com uma guitarra nos ombros e um microfone perto de si.  Salvador fez do concerto uma conversa amigável com o público que se prolongou durante mais ou menos 1 hora. Estabeleceu-se, rapidamente, um à vontade entre os dois lados da sala: desde Tomás, vocalista dos Capitão Fausto, que larga por momentos  a sua guitarra e pega no seu copo de cerveja até ao público que dança, sem bem saber porquê, ao som da “Derradeira”. El Salvador termina com sorrisos ingénuos do público e com a certeza que, em qualquer registo, consegue trazer ao público a sua personalidade extrovertida.

Keep Razors Sharp foram os quartos a subir ao palco do Hard Club. Foi com o tema “Five Miles” que deram início ao trajeto que todo o público estava prestes a ser levado. Com o ambiente aligeirado, trouxeram a esta noite um momento sério, mais introspetivo. A ligação com o público estabeleceu-se, estando este recetivo ao trabalho tão bem construído e realizado pelos artistas. Com uma base de rock e um complemento psicadélico e progressivo, os Keep Razors Sharp conseguiram cativar até os que se encontravam no fundo da sala. Apresentaram também uma faceta mais pop com uma cover de “Can’t Get You Out Of My Head” da Kylie Minogue. Ao longo da noite, as suas músicas encheram a sala do Hard Club e preencheram a mente de todos aqueles que abraçaram a sonoridade própria dos Keep Razors Sharp.

Os últimos a atuar foram os The Glockenwise. Vieram confirmar a presença do rock nesta noite dedicada à música portuguesa. Sem preconceitos, afirmaram-se pelo seu estilo simples e humilde e entregaram-se, de corpo e alma, à sua música e ao público. Trouxeram ao ambiente daquela sala um novo respirar, com um espírito aberto e prontos para dar um concerto inevitavelmente festivo. No final da noite, deixaram bem claro que não são uma banda a subestimar e que conseguem impressionar tudo e todos com a magia e a simplicidade dos seus riffs e dos refrões fáceis de ouvir. Foi com uma energia de outro mundo que os The Glockenwise encerraram a noite de concertos.

A festa continuou até ao fecho do Hard Club com um dj set da equipa da Vodafone FM.

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