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Cultura

O SALGADO FEZ ANOS E RECEBEU UM FESTIVAL DE PRESENTE

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Mais um ano, mais um aniversário do Salgado, programador musical do Maus Hábitos e cara maior do projeto musical Stereoboy, comemorado neste espaço cultural situado na baixa portuense. Foi feita uma utilização da totalidade do edifício, sendo que até num patamar da escadaria com quatro andares de extensão havia uma instalação interativa acessível à multidão que aderiu à festa, a “Amplificação da Luz por Emissão Estimulada de Radiação”, por Berru.

As performances musicais foram distribuídas por três palcos localizados nas diferentes salas do Maus Hábitos, havendo liberdade para o espectador poder optar pelos concertos a assistir, dada a simultaneidade de atuações.

O festival iniciou-se no Palco Wav., com o concerto das lisboetas Clementine. Com uma atitude punk intrínseca à sua postura em palco, as artistas abriram a noite para uma casa que ainda não havia enchido. Notou-se uma crescente recetividade à energia da dupla no decorrer do concerto. A fila à porta indiciava o que seguiria. Enquanto isso, Digitopia Collective entretinha quem pelo Palco Stockhausen passava.

Pelas 22:30, os Osso Vaidoso inauguraram o Palco O Salgado. A dupla composta por Ana Deus e Alexandre Soares aliou a poesia a progressões de acordes, uma harmonia contagiante que animou uma sala de concertos quase cheia.

Coexistindo mas no Palco Wav., a atuação de mais uma dupla lisboeta contava com um público a dar os primeiros passos de dança da noite: os Ghost Hunt brindaram a audiência com o seu psicadelismo elétrico. Melodias agradáveis vindas de um sintetizador hipnótico entusiasmaram os presentes que ansiavam o que se seguiria no outro palco.

Passavam trinta minutos das 23h quando os Equations, uma das bandas mais esperadas da noite, sobe ao Palco O Salgado. Pertencente à “família” Lovers & Lollypops, a banda portuense que fez furor no ano passado com o seu álbum “Hightower” atuou para uma sala repleta, bastante aberta à sonoridade psicadélica com batidas próximas do math rock. Letras de canções como “Echoing Green”, single retirado do projeto, foram replicadas por alguns membros do público.

Um público diferente assistiu à atuação simutânea dos The Sunflowers no Palco Wav. O espirito adolescente da banda de garage e surf rock parecia transbordar para os espectadores, também eles de uma faixa etária teen na sua maioria, tendo havido lugar a um pequeno mosh pit.

Chegava a altura da atuação mais aguardada da noite, os Plus Ultra. O trio portuense, também pertencente à editora Lovers & Lollypops, já tem um público fiel, uma base de fãs que já conquistaram desde a sua formação em 2011 e reunião em 2015, para concerto e lançamento de uma cassete. A já conhecida agressividade da banda foi correspondida pelo público que se libertou. Um mosh pit constante e selvagem, crowdsurfers e uma presença em palco extravagante do vocalista Gon são os principais elementos de destaque da atuação, que também contou com uma versão da canção “Angel”, da banda de trip-hop Massive Attack. Um concerto que superou as expectativas dos presentes.

Seguiram-se, no mesmo palco, os Holy Nothing. A banda portuguesa que foi recentemente convidada para uma atuação no festival norte-americano SXSW apresentou um repertório de música eletrónica que agradou os presentes. Enérgicos, os portuenses apresentaram canções do seu primeiro álbum, “Hypertext”. Uma atuação em grande para fechar os concertos no Palco O Salgado.

O Palco Wav. também contou com as atuações dos Evols e dos Cave Story enquanto que no Palco Stockhausen, Pedro Tudela, Landforms e LAmA fizeram as delícias dos serenos espectadores.

A noite continuou com DJ Sets de Sensible Soccers, I-Gore, Nuno Dias e André Gomes, entre outros.

E assim terminou o O Salgado faz anos… FEST! de 2016.