Cultura

NOVAS TARIFAS DE SERRALVES ORIGINAM PETIÇÃO PÚBLICA

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No início deste mês de fevereiro, a Fundação de Serralves, um dos principais museus da cidade do Porto e do país, alterou as condições de visita do espaço. A entrada no Museu e no Parque, que antes custava 8,5 €, subiu para 10 €, sendo que a visita apenas ao Parque acarreta um custo de 5 €. Para além disso, os jovens dos 12 aos 18 anos, os estudantes do Ensino Superior e os maiores de 65 anos, que antes tinham direito a entrada gratuita nas instalações da Fundação, passam agora a pagar 50% dos valores acima referidos: ou seja, são-lhes pedidos 5€ para visitar o espaço. A esta mudança sobrepõe-se, ainda, o fim das entradas gratuitas nas manhãs de Domingo, que passam a estar limitadas ao primeiro domingo de cada mês, no período das 10h às 13h.

Em declarações à agência Lusa, Odete Patrício, directora-geral da Fundação, justificou a medida tomada: “Até 2012 tínhamos um orçamento de 9,4 milhões de euros, tivemos de cortar para 7,4 milhões, que é o valor de 2015, o que significa que Serralves teve de fazer um esforço de encolher os seus custos de uma forma muito violenta”; “Serralves tinha uma tabela de gratuidade enorme”, em que só 25% dos visitantes pagava o valor de entrada. Contudo, a diretora pensa colmatar esta imposição com outras iniciativas: “Decidimos dar um domingo por mês gratuito, à semelhança do que fazem os restantes museus nacionais, e os estudantes podem aproveitar as noites das inaugurações [das 22h-01h] para contactar com os artistas”, disse à revista Visão. A Fundação não quis prestar declarações ao JUP.

No texto que acompanha a Petição, lê-se que “ Não se ponderam, ainda, os efetivos custos que as novas tarifas transferem para a sociedade, muitíssimo superiores aos eventuais ganhos contabilísticos da Fundação” e também que “A criação de mais uma barreira entre o público e a cultura constitui um grave retrocesso após anos consecutivos de avultados investimentos do Estado em instituições estratégicas, como a Fundação de Serralves. É necessário e urgente assegurar a sustentabilidade económica da Fundação sem contrariar o seu poder de difusão e a sua missão pública.”

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