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Cultura

PORTO COBRE-SE DE CAMÉLIAS ENTRE 5 E 12 DE MARÇO

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A chamada “Rainha das Flores” tem marcado a paisagem urbana do Porto desde o século XIX. Contam-se episódios de exaltação da camélia e ações pela sua promoção e preservação que demonstram a ligação que a cidade tem com a espécie. Entre as quase 400 espécies de camélias portuguesas, há mesmo uma que, florindo no mês de março, tem ela própria o nome de Cidade do Porto.

A exposição de arranjos de camélias e divulgação das espécies que costumava acontecer no Mercado Ferreira Borges e depois no Pavilhão Rosa Mota passa este ano para a Casa de Serralves, cujo Parque integra o Jardim das Camélias. A XXI Exposição de Camélias do Porto, sob o tema “Porto aberto ao mundo: Desafios do Século XXI na Exposição XXI”, irá eleger a “Melhor Camélia”, a “Melhor Camélia de Origem Portuguesa” e, pela primeira vez, a “Melhor Decoração de Mesa” e o “Melhor Arranjo Floral”. Na Casa haverá também o Mercado da Camélia, mostras de trabalhos escolares, oficinas e a exibição do Teatro de Sombras Japonesas, da artista Beniko Tanaka.

As celebrações são antecipadas em pré-evento, dia 3, no Salão Nobre da Reitoria da UP, com o lançamento do livro “Em torno de camélias, com um Porto” e a inauguração de uma exposição de pintura alusiva à obra. No dia 4, às 21h, a Torre dos Clérigos abre oficialmente os festejos com um espetáculo de luz, atuações de dança e canto lírico. No dia 5, a Igreja acolhe a Orquestra do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga com “Sinfonia com Camélias”.

Atividades que apelam à participação do público acontecem, a destacar, no eixo da Rua das Flores, que se salienta pela ligação à botânica local. Pelo Centro vão circular elétricos ornamentados de flores feitas em materiais reciclados criadas por idosos de uma instituição social da cidade. Os mais novos podem explorar o motivo em oficinas didáticas de impressão e de azulejos, na Associação de Gravura do Porto no dia 7, e no dia 10 no Palacete dos Viscondes de Balsemão, respetivamente.

Para um contato direto e aprofundado com a camélia e a história da sua presença no Porto, haverá visitas a jardins com Japoneiras, como os Jardins do Palácio de Cristal, o Jardim Botânico do Porto e Jardins da Quinta de Villar d’Allen.

A celebração decorre também noutros espaços, a destacar o Mercado do Bom Sucesso, Feitoria Inglesa, Museu Soares dos Reis, Fundação Escultor José Rodrigues, Teatro Nacional São João e Palácio do Bolhão.

O encerramento está marcado para a Praça do General Humberto Delgado com a festa “Flower Power”, em que o público é convidado a participar na construção de um Mandala com flores. Ao longo de todo o dia (sábado, dia 12) ainda haverá performances e concertos de DJ.

As atividades abrangem público de todas as idades e são de acesso livre, estando algumas sujeitas a inscrição prévia a efetuar junto das instituições de acolhimento da respetiva atividade.

 

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