Cultura

BLUES PILLS E PRISTINE ESGOTAM O HARD CLUB

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A noite começou com Pristine e terminou com Blues Pills e, desta vez, o Hard Club contou mesmo com sala cheia. Esta banda, juntamente com os Blues Pills, iniciou em fevereiro uma tourné pela Europa que conta com inúmeros concertos, tendo o do Porto assinalado o meio da sua tour.

Pristine, originários de Tromsø na Noruega, são uma explosão de blues liderada pelo vozeirão de Heidi Solheim e mais três músicos ecléticos e bem representativos do rock ‘n’ roll de outrora. Contam com pelo menos três álbuns de estúdio e iniciaram o concerto determinados e explosivos. Foram uma verdadeira entrada para o que seria o prato principal da noite (Blues Pills). Entre “rockalhadas” eletrizantes como “Derek” e “Bootie Call”, tocaram também as melodias preferidas do publico, como “All I Want Is You” e “Don’t Save My Soul”, transportando a multidão para o espaço verdadeiramente transcendente desta música blues psicadélica. Fizeram recordar artistas como Jimi Hendrix ou até Janis Joplin.

Terminado o primeiro concerto da noite e após um breve intervalo, eis que sobem ao palco os tão aguardados Blues Pills, conterrâneos e contemporâneos dos Pristine. Esta banda aposta em tentar reproduzir a todo o custo a genialidade do blues rock e do proto-metal popularizado na transição da década de 60 para a de 70, fazendo recordar bandas como Led Zepplin, Cream e Fleetwood Mac, reunindo solos rasgados, batidas fortes, um baixo envolvente e a voz bastante “Robert Plantiana” da vocalista Elin Larsson.

Em discos como “Bliss”, “Devil Man” e “Blues Pills”, a banda utiliza-se das regras básicas do blues rock como base das suas composições e injeta-lhes elementos de funk, soul, jazz e metal, gerando um som visceral e profundo. Vão diretos ao assunto sem rodeios e, com uma classe assinalável, levam o ouvinte numa uma viagem pelos montes e vales da sua terra natal, Örebro, na Suécia, que tanto induzem o publico a bater o pé involuntariamente, como a fantasiar sobre a sonoridade nostálgica da década de 60.

E foi exatamente o que aconteceu no concerto da última noite, no qual a banda reproduziu na integra os sons que os fãs tanto apreciam nestas músicas. Músicas essas como “Devil Man”, “Little Sun”, “High Class Woman” e “Ain’t no Change” ou “Black Smoke” fizeram parte desta ementa de comprimidos de blues, ficando a promessa de ambas as bandas de regressar e o carinho especial que partilham pela cidade Invicta.

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