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Cultura

CEM SOLDOS DE MOTIVOS PARA NÃO TER PERDIDO O ÚLTIMO DIA

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Foco neste último capítulo para o Auditório – em paralelo com o Espaço Criança, local de atividades para os mais tenros de idade, mas também palco de vários dos concertos já mencionados e da participação do festival itinerante Curtas em Flagrante, que permitiu ao longo do festival, num ambiente fresquinho (!!!), a visualização de curtas-metragens de autores portugueses.

Já com algumas tendas desmontadas, a tarde, como habitual, começou na igreja – inicialmente num registo calmo com Diego Armés e depois com um público ao rubro ao som de FLAK (membro dos Rádio Macau). Após as actuações das Golden Slumbers e Joana Sá, foi a vez dos Desbundixie fazerem jus ao nome e porem toda a gente a dançar euforicamente a la Dixie! Seguiu-se Lula Pena e, no palco Lopes-Graça, as Sopa de Pedra, dois grupos preocupados com as raízes folclóricos, o primeiro em particular de África e do Brasil e o segundo fazendo renascer de uma forma muito bonita os cantos nacionais. Nos entretantos houve tempo para deixar cair mais umas quantas vezes “acidentalmente” o livro pornográfico já referido, dando às pessoas a fantástica oportunidade de o apanhar e contemplar a capa. Anoiteceu.

Para abrir o palco da Eira, pudemos contar com os Les Crazy Coconuts, que munidos de um original instrumento de percussão – o sapateado – deram um concerto animadíssimo. Assim foi que o público pôde ir bem quentinho assistir ao concerto do Jorge Palma, cuja voz estava em plenas condições de pôr cá fora os grandes êxitos de uma carreira exemplar e muito diversificada. Coube aos D’Alva e ao seu Pop multi-étnico as honras de dar o último dos concertos. Seriam, no entanto, os DJs Tochap

estana e DJ Ruby a fechar o cartaz Bons Sons 2016.

Antes, porém, de se dar aqui o artigo por concluído é importante realçar a missão do Bons Sons. Para começar, este festival – que pretende ser uma plataforma de divulgação de música Portuguesa, quer da emergente, quer da consagrada – não tem fins lucrativos, os ganhos são aplicados em projectos culturais e sociais que visem dinamizar a exemplar aldeia de Cem Soldos, nomeadamente os Lar-Aldeia e CAAL – Casa Aqui Ao Lado. Outros pormenores interessantes são que este festival é feito quase exclusivamente num regime de voluntariado (tanto de pessoas da aldeia, como gente de fora) e para além do mais as boas prácticas ambientais são também uma grande preocupação – há todos os anos um plano ecológico meticulosamente delineado.

Fomos, vivemos a aldeia e a sua gente, e não só os levaremos para sempre na memória, como haveremos de voltar para mais 4 dias de tranquilidade e alegria.