Cultura

“FAZER A FESTA”: A TRADIÇÃO DE FAZER TEATRO

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A 33º edição do Festival Internacional de Teatro “Fazer a Festa” encerrou ontem, dia 4 de Maio. O festival teve a participação de 19 companhias de teatro, onde 11 eram portuguesas, 5 espanholas, 2 brasileiras e 1 cabo-verdiana, num total de 33 espectáculos.

Os objectivos do “Fazer a Festa” são a dignificação do teatro para a infância e juventude; levar as escolas ao teatro, apresentar espectáculos de rua e sala dirigidos a famílias; dar a conhecer o trabalho de companhias portuguesas que não estejam no eixo Lisboa/Porto; trazer ao Porto espectáculos de companhias galegas de países cuja língua oficial é a portuguesa; expandir “a rede de cumplicidade que o Teatro Art´Imagem construiu ao longo” do seu percurso e, por fim, “debater os principais problemas que afectam o funcionamento das companhias e o teatro”, e, durante onze dias seguidos, foi o que eles pretenderam transmitir. Acima de tudo, “Fazer a Festa” é uma ode à cultura teatral, à arte de fazer teatro.

Nesta edição, os locais escolhidos foram os Jardins do Palácio de Cristal, o Auditório da Biblioteca Almeida Garrett e outros pontos mais variados em Matosinhos. No entanto, o primeiro lugar, os Jardins do Palácio de Cristal, é fulcral, uma vez que “muita gente é surpreendida – não sabendo mesmo que iria ver teatro”, explica José Leitão, Director Artístico do “Fazer a Festa” e da companhia Teatro Art´Imagem.

Quanto ao tipo de público que viu o festival, José Leitão esclarece que varia se foi um espectáculo que decorreu durante a semana, quando vieram “meninos e meninas com os seus professores”, ou se aconteceu durante o fim-de-semana/feriados, propiciando programas em família. Nos espectáculos mais nocturnos, o público era “jovem e adulto”, pronto a assistir “a propostas de teatro contemporâneo.”

Este festival é um claro exemplo de sucesso do Teatro Art’Imagem, mas esta companhia portuense também passou por dificuldades, razão pela qual, nos últimos anos, não teve uma programação regular. A “falta de apoios financeiros, principalmente da parte do executivo anterior da C. M. do Porto” foi o principal motivo, conta o director artístico, que prejudicou, de forma clara, os hábitos que se tinham criado ao longo dos anos. Portugal é um país “com poucos hábitos culturais”, acrescenta José Leitão, baseando-se nos mais recentes dados do Eurobarómetro.

Contudo, “as cerca de 6.500 pessoas que seguiram os espectáculos e outras actividades do Festival mostram que a memória do grande festival que o Fazer a Festa já foi não está olvidada”. Uma adesão “muitíssimo boa” que mostra um público pronto para as próximas edições do Festival Internacional de Teatro.

 

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