Cultura

40 HORAS NON-STOP NO “SERRALVES EM FESTA”

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“Terreno Comum” é o tema que orienta neste ano o festival de artes performativas no Museu de Serralves, que decorre durante 40 horas, das 8h da manhã de sábado à meia-noite de domingo.

Considerado um dos maiores eventos culturais da cidade do Porto, cada edição atrai dezenas de milhares de pessoas e brinda-as com propostas musicais, de dança, teatro, performance, circo contemporâneo, cinema, vídeo, fotografia e visitas às exposições do Museu de Arte Contemporânea.

No decorrer do evento, os visitantes podem estar em contacto com artistas de dança contemporânea como a coreógrafa brasileira Lia Rodrigues com “Pindorama”, uma dança meditativa, que critica a ação humana e a sua capacidade de resistência. A coreógrafa é conhecida pelo seu envolvimento político e social nas favelas do complexo da Maré, no Rio de Janeiro, onde instalou, em 2003, o Centro de Artes da Maré.

Também estarão presentes Marina Navais e Simão Costa com o projeto “Sediela”, que joga com a movimentação do som. Os coreógrafos “Desnorte” apresentam “Several”, peça da artista visual e performer Vera Mota. Os grupos “Sintoma” da Faculdade de Belas Artes, “Manifesto AND” e “And_Lab” apresentam os seus projetos de performance.

O circo contemporâneo será representado pelas companhias “Gandini Jugling”, “Radar” e “Erva da Daninha”, que oferece o espetáculo de trapézio “Baínha”, sobre a questão da identidade.

Quanto à arte teatral, é a “Vagalume Teatro” da Andaluzia que marcará presença com uma peça de teatro de máscaras chamada “Agitación Senil”.

Os sons do electro-rock invadem também os jardins de Serralves. Da Festa no Prado fazem parte os canadianos “Duchess Says” e os londrinos “Factory Floor”. Os portugueses “Octa Plus” animam Serralves com a conjugação de correntes da eletrónica com a energia do afrobeat. A oferta musical alarga-se ainda com a presença da orquestra de guitarras “Guitarrofonia”. David Tudor apresenta “Rainforest” que promete a imersão numa floresta de objetos e sons. “Gravity Hill” faz a ligação da música com o cinema num cine-concerto que reúne os músicos Guy Picciotto, Jim White e George Xylouris com o realizador Jem Cohen. Destaca-se a “Arkestra”, uma formação de jazz americana criada, nos anos 50, por Sun Ra, pianista, compositor e precursor na abertura do jazz à música eletrónica e à space music.

O público também põe mãos às obras neste festival. A Oficina Arara, dedicada à serigrafia, será gerida por designers e artistas, dividida numa série de workshops.

O “Serralves em Festa” não se limita ao espaço do Museu. Na Baixa da cidade, a 17 de Maio, a Companhia Visões Úteis apresenta o projeto “Biométricos”, uma reflexão sobre a capacidade de ultrapassar os limites do corpo nas áreas artística, desportiva e laboral. O artista visual, encenador e compositor Graeme Miller estreia “Track” e desafia os espetadores a apurar o sentido de perceção.

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