Cultura
HOW TO BECOME NOTHING: O NADA QUE É TUDO
How to Become Nothing é o resultado de uma travessia pela vastidão do deserto americano. Numa altura em que toda a gente aparenta querer aparecer, ver e ser visto, criou-se a ideia de um falso diário de um homem que, face à atualidade, quer desaparecer. Quer ser e tornar-se no nada.
Esta é uma viagem física e espiritual pelo deserto durante doze dias. Fazendo uma aproximação no mapa, pelo deserto da Califórnia, de Joshua Tree, entre Los Angeles e Death Valley. Paulo Furtado, o homem por detrás de The Legendary Tigerman, na companhia da fotógrafa Rita Lino e do realizador Pedro Maia, foi para os Estados Unidos da América deambular pelo deserto. Lá, encontrou a realidade, longe da ficção, tal como ela é. No que era para ser um projeto de curta-metragem, acabou por ganhar material suficiente para se tornar em algo mais longo e complexo.
Tigerman, que em setembro deste mesmo ano vai lançar novo álbum, afirma, no site da SIC Notícias, que este não tem nada a ver com a música de How To Become Nothing. Não queria ele criar um disco como os outros, nos mesmos modelos; decidiu então inverter o processo criativo e criar um disco, a música, a partir de imagens. Apesar de parecer haver ligação, que há, o músico diz que são projetos distintos.
O documentário, musicado ao vivo por Tigerman e com imagens manipuladas em tempo real a partir da música do Tigre por Pedro Maia, vai estar em exibição dia 6 de maio no Passos Manuel. Com duas sessões, uma às 19h e outra às 22h30, e preço de 10€, é um espetáculo que se garante único em cada apresentação, não fossem Tigerman e este projeto únicos.