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PLATAFORMA CAMPANHÃ: PORTO RECEBE FONOTECA

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É no armazém nº 12 da Rua de Pinto Bessa que se vai instalar a Plataforma Campanhã. Partindo do investimento dos estúdios da Arda, que se vai mudar da Baixa, na rua Sá da Bandeira, a Câmara do Porto vai instalar, a cem metros da estação de Campanhã, uma fonoteca municipal de discos de vinil, com abertura marcada ainda para este ano.

É um investimento de 700 mil euros, que contará com dois pisos com 1250 metros quadrados, dedicados à gravação e pós-produção de áudio com três estúdios de gravações, salas de ensaio/produção, escritórios destinados a agências ou produtores.

O edifício da Plataforma Campanhã foi projetado pelo arquiteto e designer Carlos Aguiar. Conta já com várias parcerias, entre as quais, a Câmara do Porto que procurava a melhor maneira de valorizar duas doações de discos de vinil da Radio Renascença e da RDP Norte, 18 mil e 16 mil exemplares, respetivamente. Parte desta coleção encontra-se, neste momento, na Biblioteca Almeida Garret.

Esta adesão à Plataforma por parte da Câmara implicará um investimento 50 mil euros em equipamento informático, leitores de vinil, e também mobiliário. A estas despesas, acrescenta-se a renda mensal e pessoal dedicado à fonoteca, valor que rondará os seis mil euros. O equipamento será disponibilizado ao público, investigadores e escolas.

Durante a conferência de apresentação do projeto, João Brandão, engenheiro de som e proprietário da Arda afirmou aos jornalistas durante a apresentação do projecto que sentiam “que era necessário no Porto um estúdio capaz de acolher uma orquestra ou um grande grupo de Jazz” e que aquele local a cerca de 100 metros da estação da Campanhã “seria perfeito para englobar um espaço como este.”

O engenheiro de som assegura nomes como a produtora Lovers & Lollypops, de Joaquim Durães, a produtora audiovisual de André Tentugal, a banda Youth, João Coimbra, dos Mesa e João Vieira (X-Wife, Dj Kitten, White Haus) como inquilinos da Plataforma, que espera vir a servir de inspiração para os músicos que vão passar pelos estúdios da Arda.

Segundo Guilherme Blanc, adjunto de Rui Moreira para a Cultura, o espaço vai contar com a organização de atividades temáticas em torno do catálogo que será disponibilizado, e a fonoteca proporcionará ao seu público visitas guiadas com especialistas de música.

Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, encara a fonoteca como um “ponto extraordinário” e que “vai fazer com que as pessoas que não tenham contacto com este formato possam fazer ações nas escolas, junto dos miúdos mais novos que nunca viram um vinil.”

 

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