Cultura
UMA VIAGEM PELA OBRA DE MANOEL DE OLIVEIRA
Quem já visitou a exposição pôde acompanhar os 80 anos da vida e obra de Manoel de Oliveira em 105 jornais e revistas nacionais e internacionais. São várias as publicações presente desde o Jornal de Notícias, Diário de Notícias, Público, Expresso, Jornal de Letras e, até mesmo, o Liberátion. Quanto a revistas, são muitas as que tiveram oportunidade de marcar presença nesta mostra documental: Cineclube, Seara Nova, Vértice, Cinéfilo e, ainda, L’Avant-Scène Cinéma, Cahiers du Cinéma, L’ Acchiappa Film e, Beaux Arts. “Os media franceses são, pelo destaque apresentado, o exemplo do reconhecimento internacional de Manoel de Oiveira”, afirmou José Neves, coordenador do museu.
A viagem começa em 1931 com “Douro, Faina Fluvial”, a sua obra primordial. Segue-se a estreia de “Aniki Bóbó”, em 1942, a primeira longa-metragem do cineasta e um grande sucesso na época. “A Carta”, “A Caça”, “O Vale-Abrão” ou “O Convento” são outros êxitos evocados na exposição.
Ao descer as escadas em direção ao piso inferior e, já no final da exposição, estão expostas algumas capas de jornais e revistas de referência, que fizeram alusão aos 100 anos de Manoel de Oliveira. Em 2008, o Jornal de Notícias preencheu a primeira página com mensagens deixadas por atores, historiadores e até mesmo pela Primeira-dama, Maria Cavaco Silva. “Génio gigante em país pequeno” foi a manchete do Diário de Notícias. O Expresso fez também questão de fazer parte desta homenagem ao desejar os “parabéns” ao cineasta.
“A exposição apresenta pela primeira vez um acervo de imprensa e jornalístico bastante alargado sobre o tema, uma visão variada sobre a obra do cineasta mais velho do mundo em atividade, que parte dos primeiros filmes até à mais recente estreia de ‘O Gebo e Sombra’ em 2012”, disse ao JUP o coordenador do MNI.
A exposição estará disponível até ao final de março mas, até ao momento, já contou com a presença de cerca de 3000 pessoas.