Cultura
FEUPCON: UMA CULTURA DIFERENTE NUM MUNDO DE ENGENHEIROS
A Banda Desenhada, pops e merchandise, Máquinas Arcade (Arcadegame) e boardgames marcaram presença no espaço da Associação de Estudantes da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
Os torneios de Clash Royale e Magic: The Gathering foram prato principal com prémios saborosos para os primeiros lugares.
A comunidade pequena e a dificuldade em arranjar meios, nomeadamente os cosplayers, foram os principais entraves – “é um evento sem fins lucrativos”, afirma Bárbara, uma das organizadoras.
Passo a passo, desde o contacto com empresas de Banda Desenhada, jogos de tabuleiro e máquinas de Arcade, a aluna explica que “quisemos trazer coisas diferentes para os nossos estudantes poderem aproveitar a custo zero”.
Eduardo Fonseca tem 19 anos, estuda Engenharia Electrotécnica na FEUP e é cosplayer. Justifica a sua presença no evento como forma de mostrar o seu trabalho. “É um hobby que me interessa e gosto de partilhar o que faço com as outras pessoas. Quero mostrar o cosplay a pessoas que não conhecem e estão interessadas. Trouxe os meus adereços, mostrei e estive a preparar um outro cosplay que estou a fazer agora”. Para Eduardo “é importante dar a conhecer às pessoas coisas diferentes e abrir horizontes, acho que é interessante. É muito relacionado com cultura pop.”
Inês Silva de 21, estudante na Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto, também é cosplayer. “Nós fomos contactados para estar cá, mostrar um bocado do nosso trabalho e como é uma coisa que temos pouca oportunidade para mostrar (os nossos trabalhos) decidimos vir aqui ajudar”.
A carreira da artista é variada: “faço cosplay há 4 anos. Todos os anos faço coisas um bocado diferentes mas comecei pela caraterização – estéticas e armaduras -, e agora estou mais focada na costura. Ao longo dos anos uma pessoa vai aprimorando o que mais gosta. Ultimamente tenho feito mais cultura e maquilhagem, e comecei a fazer props de cartão e esferovite”.
Mas qual é a importância do cosplay? “Para nós isto é uma maneira de relaxar ou de sair um bocado do dia a dia, da norma e temos um meio de expressar a criatividade. Há sempre gente que não conhece e depois pensa ‘wow eu gostava de fazer isto!’”
O balanço foi positivo. Bárbara defende que é para continuar. “Com esta adesão estamos a contar que no próximo ano haja uma expansão, algo mais interativo, chamar até a realidade virtual para dar um impulso a este evento”.