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Cultura

CANAL180: SETE ANOS DE OUTRAS HISTÓRIAS

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Ao início da tarde do 25 de abril mais quente dos últimos anos, as árvores que guardam a Casa das Artes transpiravam de música. A temperatura, a música, a comida e a bebida ajudaram à festa familiar proporcionada pelo Canal 180.

Foram os DJ sets de André Gomes e Castello Branco que deram as boas vindas a quem pisava a relva depois do almoço e que, já depois da dupla energética The Sunflowers e dos três ritmos de BATEU MATOU,  não deixaram a dança sair dela até ao pôr do sol.

“O primeiro canal open source português dedicado exclusivamente à cultura, às artes e à criatividade” nasceu em 2011 da vontade de agregar “o que é feito pelos artistas e divulgado nos seus próprios canais”, como diz ao JUP João Vasconcelos, um dos fundadores do 180.

Muitas felicidades e sete anos de vida é o balanço que o diretor executivo faz em dia de aniversário. E o desejo no trincar das velas? “Eu não sei… (…) O desafio está mais em encontrarmos a quantidade suficiente e sustentável de conteúdos de programação e criação para que as pessoas possam entrar um bocadinho mais nos nossos temas e nas coisas que estamos a fazer”.

O modelo do Canal 180 é “inventivo”: os conteúdos tanto são produzidos pela equipa de criativos como por outros – e divulgados pelo 180. A plataforma é bem conhecida e premiada na esfera cultural nacional e internacional.

“À partida, o 180 é um projeto impossível (…) embora continuemos a provar que o conseguimos fazer de uma forma contínua e isso é um bocadinho mágico”, revela João Vasconcelos ao JUP.

A magia do Canal também se estende ao 180 Creative Camp, um evento cuja singularidade dificulta a definição. João dá a sua: “100 criativos numa cidade onde o tempo passa mais devagar”.

Conversações e criações ocupam Abrantes (Santarém) na primeira semana de julho: “qualquer coisa que se faça ali ganha um palco”. Na próxima edição, conferências, workshops e debates organizados pelo 180 vão contar com George Muncey e Devin Blaskovich, nomes importantes da fotografia analógica contemporânea, a organização criativa We are Europe e a revista It’s nice that, entre outros nomes.

Não poderia haver melhor data para se festejar a criação independente que a da Liberdade; “o 180 é o espaço onde nós tentamos fazer o que nos surpreende que conseguimos fazer (…)  E podemos fazer muitas mais coisas”.