Cultura

QUEIMA DAS FITAS: O ADEUS DE WET BED GANG E DIZZEE RASCAL

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“Porto, como é que é!”, gritaram os Wet Bed Gang ao entrarem em palco. Eram 23h40 e uma multidão já os esperava. O grupo foi recebido com aplausos e assobios de um público que nunca perdeu a oportunidade de acompanhar a letra das músicas.

Os Wet Bed Gang mostraram-se conhecedores de como entreter uma audiência. E a euforia do público comprovava o sucesso. A banda lisboeta fez-se ouvir, seja com os gritos do público ou do próprio quarteto que exclamava “Wet Bed Gang!” uma série de vezes.

Após mosh pits e walls of death, a banda abandonou o palco. Mas o público não se dispersou. Todos esperavam o encore. Sem grande demora, os artistas regressaram e continuaram a noite de entretenimento. “Nós nunca fazemos isto. Mas como a festa é boa, nós fazemos duas vezes”, disse a banda ao entrar em palco novamente. O concerto terminou minutos depois, pelas 00h40, com a voz de Zara G dos Wet Bed Gang a agradecer ao público.

Foi depois a vez de Dizzee Rascal mostrar o seu talento. Antes do concerto, o rapper britânico revelou ao JUP que não conseguiu recusar o convite de vir tocar a Portugal. “Vocês têm um público tão grande aqui”, disse Dizzee sobre o Porto, cidade que sempre esteve curioso de conhecer.

No intervalo entre concertos, o número de pessoas no público reduziu drasticamente. Mais de metade tinha-se dispersado e espalhado pelo queimódromo. Mal Dizzee Rascal entrou em palco, a música atraiu o público de volta. O rosto da audiência foi percorrido de sorrisos e euforia ao repararem que o artista vestia uma camisola do Futebol Clube do Porto. Mais uma vez, foi provado que a semana académica não se consegue distanciar da vitória da equipa portuense.

Pela primeira vez nesta Queima das Fitas, o público no segundo concerto foi menor do que o do primeiro. Apesar da menor audiência, Dizzee Rascal não deu tréguas e conseguiu pôr toda a gente a mexer-se ao ritmo da sua música. Ao que Dizzee pedia, a audiência obedecia. “Façam barulho!”, gritou o artista. O público fez. “Mostrem os dedos do meio”,  gritou Dizzee a expor o tom de rebeldia do qual é característica a sua música. E o público não o ignorou.

“Paz e amor” foram as últimas palavras do rapper em palco, despedindo-se do público às 2 horas da manhã. Estas palavras serviram também para encerrar a animação no palco das noites da Queima das Fitas. Após os concertos, os estudantes espalharam-se pelo queimódromo. Uns visitavam as barracas das faculdades à procura de algo para matar a sede. Outros continuavam a dançar na tenda de eletrónica onde o Quim das Remisturas fez a delícia de quem não tinha intenções de se deitar tão cedo.

Este artigo é da autoria de Diogo A. Lopes.

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