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Cultura

MORREU PHILIP ROTH, PULITZER E AUTOR DE “PASTORAL AMERICANA”

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Há 20 anos vivíamos a Expo 98 e Philip Roth ganhava um Pulitzer. Em 2018, relembramos ambos com saudade, sobretudo o escritor, que faleceu ontem com 85 anos. Entre nós ficam mais de trinta obras publicadas.

Philip Milton Roth nasceu a 19 de março de 1933 em Newark, Nova Jérsia. Foi criado no seio de uma família judia de classe média. Licenciou-se magna cum laude em Inglês pela Universidade de Bucknell no ano de 1954.

Os primeiros escritos de Roth foram publicados no Chicago Review, ainda enquanto estudante, mas foi em 1960 que o autor ganhou renome internacional ao vencer o prémio literário National Book Award com Goodbye Columbus.

No final da década de 1970, surge pela primeira vez em The Ghost Writer (1979), Nathan Zuckerman, o seu alter ego literário. Tal como Chinaski e Bukowski, as parecenças de Roth com Zuckerman são notórias, mas o autor realçou várias vezes em vida que as suas obras não eram autobiográficas, mas meramente ficcionais: « (…) simply numb to fiction — numb to impersonation, to ventriloquism, to irony, numb to the thousand observations of human life on which a book is built.»

Dono de um estilo literário ímpar, pautado pelo humor, audácia e intimismo, os seus livros tratam de temas como o judaísmo, a lascívia e a identidade americana. Entre as suas obras destacam-se Portnoy’s Complaint (1969), Sabbath’s Theater (1995) e a Trilogia Americana, composta por American Pastoral (1997) – com a qual ganha o Pulitzer, I Married a Communist (1998) e The Human Stain (2000).

O último romance publicado por Philip Roth foi Nemesis, em 2010. Em 2012, ao New York Times, o autor confessava que já não teria energia “para aguentar a frustração” da escrita.

Além do Pulitzer, Roth foi galardoado várias vezes ao longo da vida, nacional e internacionalmente. Venceu o prémio Pen Faulken Award três vezes (com Operation Shylock, The Human Stain e Everyman, em 1994, 2001 e 2007, respetivamente) e o Man Book International Prize – prémio carreira como ficcionista de renome internacional – em 2011. O Nobel da Literatura, infelizmente, ficou por ganhar.

Philip Roth morreu a 22 de maio de 2018, em Nova Iorque, de insuficiência cardíaca.

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