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Cultura

NORTH MUSIC FESTIVAL: ALFÂNDEGA RECEBE MERCADORIA MUSICAL

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25 de maio, sexta-feira

Da Chick e a Foxy Band foram os estreantes do palco, por volta das 19h30, com um recinto ainda muito vazio. Os esforços da vocalista para apelar ao público foram imensos. O set foi caraterizado pela energia e vivacidade da banda, que se apresentava perante um público eclético, que agrupava todas as faixas etárias e que aguardava os concertos seguintes.

Seguiu-se Linda Martini, veteranos dos festivais portugueses, num concerto sóbrio e set demasiado curto para o gosto de festivaleiros que estavam a começar a aquecer e a agrupar-se. Numa rápida entrevista com a banda, abordaram a pouca interação com o público: “ tivemos um slot muito pequeno, quanto mais falares menos tempo tens para tocar, e viemos para tocar”. Quanto à reação do público, a banda diz que “as expectativas até foram superadas”. “Tendo em conta que estás num festival e não num concerto teu, como tocar no Hard Club aqui no Porto”, disse a baixista da banda, Cláudia Guerreiro. Pedro Geraldes, o guitarrista, acrescentou ainda “o público estava meio a medo no início, mas depois até aqueceu e começou a cantar as músicas connosco, foi porreiro”.

Depois de dois concertos amenos e sem grandes singularidades, entraram Guano Apes, que celebravam não só o retorno a Portugal, mas o aniversário da vocalista, Sandra Nasić. O público ressuscitou com a banda de rock alternativo, e encheu o recinto. É de salientar que Guanos Apes tinham um slot de hora e meia, e com uma abertura mais extensa foi possível uma maior resposta tanto do palco como do chão, onde Nasic se mostrava incansável.

Já aquecidos com o concerto anterior, o recinto esperava ansiosamente Gogol Bordello, a grande atuação da noite. Sobrelotados de personalidade e carisma, a banda eclética encheu o palco e os corações dos que assistiram e mocharam ao som dos clássicos “Wonderlust King”, “Immigraniada” e “Start wearing purple”. A destacar que Gogol Bordello não dá um concerto, mas sim uma perfomance completa, com uma energia indomável durante toda a actuação, que chama o público e faz com que o público chame por eles. Uma fórmula segura e que garantia um grande encerramento do primeiro dia.

26 de maio, sábado

O segundo dia viu o recinto lotado, com o line up de First Breath After Coma, Slow J, Mão Morta-Mutantes S21 e a cabeça de cartaz The Prodigy. Uma noite mais consistente, a destacar Slow J, que dinamizou o público de uma maneira que mais nenhum artista foi capaz no dia, podendo ser auxiliar o género musical do músico e a sua recente ascensão no mundo do hip-hop português, terminando o set com um icónico “Fod**sse obrigadão”, e The Prodigy, que encerrou o Festival num auge estrondoso, apesar de o concerto precursor de Mão Morta ter revelado uma performance mais artística e de maior complexidade.

Neste segundo dia, parecia ter havido uma evolução na gestão de recursos, com stage designs mais trabalhados e uma assistência mais coordenada, talvez devido ao cariz das bandas que iriam actuar.

Numa overview, com os variados concertos e com a dimensão do recinto que incluía, numa parte coberta, pop shops e espaços de Djs, o North Music Festival foi uma abertura consistente à época de festivais que se aproxima por todo o país.

Este artigo é da autoria de Mariana Amado.

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