Cultura
WORLD PRESS PHOTO: A MAIA TEM UMA JANELA PARA O MUNDO
A exposição World Press Photo encontra-se em exibição no Fórum da Maia, no Porto, desde o passado dia 10 de novembro até 2 de dezembro.
Inclui as imagens premiadas da competição mais prestigiada de fotografia do mundo – World Press Photo Contest e faz-se acompanhar de 17 objetivos para um mundo mais sustentável.
A organização sem fins lucrativos World Press Photo está sediada em Amesterdão. Através das suas exibições pretende encorajar o debate sobre os temas atuais ocorrentes e tem como objetivo “ligar o mundo às histórias que importam”. Realiza exposições em mais de 100 cidades em 45 países e já conta com 61 concursos. Ao mesmo tempo, esta organização tem exposições a decorrer em Washington DC, Paris, Prangins, Groninga, Maputo, entre outros locais do mundo.
O concurso internacional distinguiu este ano 161 fotografias das 73.044 imagens concorrentes e 42 dos 4.548 fotógrafos vencedores oriundos de 125 países.
Conflitos bélicos, prostituição e violência feminina e a regulação dos media nos países ditos democráticos são temas que ganham forma nos corredores do Fórum.
Uma oportunidade, com o uso da fotografia, possibilita o melhor entendimento dos assuntos retratados por profissionais que de uma forma jornalística independente demonstram as realidades de outras pessoas e as questões com as quais povos e sociedades, alheias à nossa, se defrontam durante os seus dias.
A exposição conta com o patrocínio da LIPOR e da Maiambiente, que tem divulgado, através de quatro viaturas de recolha de resíduos sólidos, oito das fotografias vencedoras.
Com o objetivo de perceber um pouco do impacto que aquela exposição tem naqueles que a visitam, o JUP conversou com Rita, licenciada em Línguas Aplicadas pela Universidade do Porto e Pós-graduada em Assessoria de Comunicação, Marketing e Relações Públicas. Questionada sobre a importância da fotografia como veículo de marco temporal, Rita levanta que, “mesmo que saiam certas entrevistas ou certas notícias nos media atualmente, as fotografias tornam-se sempre imortais e as notícias que vamos lendo são objetos de calendarização, ou seja, podem estar uma semana, mas depois deixam de ser faladas”. Já a exposição representa o contrário: “estas fotografias são imortais”. Delas, Rita destaca uma: “o primeiro prémio relacionado com o breast ironing, de mulheres que passam ferros quentes nos seios para que não sejam vítimas de abuso sexual, que hoje em dia é um tema muito polémico”.
A entrada é gratuita e está disponível durante toda a semana. O horário está disponível no site WPP.
Restam duas semanas até ao final da exposição, mas muito mais tempo para refletir.