Cultura

PORTO POST DOC: O FUTURO DO CINEMA PORTUGUÊS

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O Porto Post Doc deu espaço à criação jovem, com uma sessão de criações de alunos da ESMAD. Alguns dos criadores estiveram presentes antes da exibição dos filmes para falar um pouco sobre as produções, onde explicaram a mensagem que queriam passar e a experiência das gravações.

Estranho Amor, curta metragem de João Silva Santos.

O primeiro projeto apresentado foi Estranho Amor de João Silva Santos. Uma história breve sobre desejo e atração entre Cristóvão, um pintor falhado, e Clara, a sua filha adotiva.  A história de ficção condensa, apenas em 14 minutos, a tensão e os pensamentos perversos entre Cristóvão e Clara, desvendados por uma velha amiga, Cecília.

De seguida, Memoriam. Um documentário de Andreia Rita Pereira e Rita Manso sobre uma mulher, dona de uma forte, altiva personalidade que sofre de demência. Vive isolada dentro da sua casa, onde as memórias lhe escorrem entre os dedos. Tenta reavê-las através dum álbum de fotos mas sem sucesso. Um retrato que quase não precisa de recorrer a palavras para pintar o Alzeihmer e o problema com a auto-identidade.

O showcase continua com um toque mais cómico, com a animação Mother’s Day, de Rita Figueira e Vânia Oliveira. Uma viagem pelos nove círculos do inferno, segundo a Divina Comédia de Dante. O guia turístico é o próprio Diabo acompanhado pela sua mãe.

Afonso Marmelo apresenta o filme Quem me Bate à Porta, que narra a história de um homem comum confrontado com o assédio e pressão de um cobrador de dívidas. Esta situação condiciona a sua vida e relações familiares ao ponto de estar numa “ prisão domiciliária”, expressão usada no início da sessão para explicar o filme. A sua vida degrada-se tanto que se transforma-se numa mera subsistência indigna e humilhante.

Descendo na faixa etária de adulto para um jovem adulto, a curta Ruptura de Gonçalo Santos retrata a vida criminosa de João. Após um assalto que correu mal, este pensa em mudar a sua vida. Uma decisão que não é fácil para quem não conhece outra forma de viver e se vê rejeitado pela sociedade.

Descendo ainda mais na idade do protagonista, chegamos à história de Roberto, um adolescente, que acabou de encarar o seu primeiro fim de namoro. Na tentativa de se reconectar com a vida social, procura um novo amor através de uma aplicação de relacionamentos. Snooze, um filme de Dinis Leal Machado, retrata a vida de um adolescente com o coração partido que não se encaixa na cultura das redes sociais e com frustrações acumuladas.

Passamos, depois, do concreto para o abstrato. Sublima é um documentário que explora a forma visual e sonora da água nos seus três estados e os seus efeitos psicológicos no indivíduo. É um estudo da relação entre o Homem e a água.

Por fim, a curta-metragem de animação, The Voyager de João Gonzalez, sobre um pianista que sofre de agorafobia. A curta explora a necessidade do homem de sair de casa e enfrentar a sua fobia. Tudo original, da estética à banda sonora.

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