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PORTO POST DOC: AS FORMIGAS ENCERRAM FOCO MATÍAS PIÑEIRO

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O sexto dia do Porto/Post/Doc trouxe à Invicta um pouco de cada um dos seus encantos. No Rivoli, o Foco Matías Piñeiro –  que contou com um total de sete filmes, dos quais seis são da autoria do artista argentino – chegou ao fim. Piñeiro esteve presente na última sessão do Foco, onde foi exibido Il Monte delle Formiche. A acompanhá-lo esteve o realizador italiano Ricardo Palladino.

Efetivamente, Il Monte delle Formiche é o único filme do Foco a não ser realizado por Matías Piñeiro, mas o próprio afirma que “existem conexões” entre a visão artística de Palladino e a sua. Por entre risos, o argentino deixou claro que escolheu esta obra para “ver coisas que [me] fariam expandir como realizador”. “Há algo que aprecio em filmes, e que vejo também no do Ricardo: o cinema da evidência. Filmes em que podemos confiar”, sublinhou.

Todos os anos, a oito de setembro, um grupo de formigas aladas dirigem-se ao Monte das Formigas, em Itália, onde acasalam com a formiga rainha. De seguida, todos os machos morrem e as fêmeas entram no sub-solo, desprovidas das suas asas, onde criam as novas colónias.

É neste fenómeno que se baseia Il Monte delle Formiche, um documentário gravado em 16mm que pretende criar paralelismos entre este acontecimento e a natureza humana. O filme intercala imagens das formigas a deslocarem-se em números massivos para o Monte com a comunidade do Santuário do Monte das Formigas e todas as atividades festivas deste evento.

Com recurso a discurso em diferentes línguas, nomeadamente alemão, francês e italiano, o filme analisa o comportamento das formigas, que de uma certa maneira sacrificam a sua individualidade pelo bem coletivo, e cria pontes de ligação com a humanidade, com as suas maneiras de agir e com a vida em sociedade.

 

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